Zona Norte pode ficar sem água


Por Tribuna

05/09/2016 às 19h00

A Cesama interrompeu a distribuição da água proveniente de Chapéu D’Uvas para o sistema de abastecimento da cidade no início da tarde desta segunda-feira (5), e existe a possibilidade de faltar água na Zona Norte. A manobra foi feita para que os operários executem, ainda na manhã de terça (6), a interligação da rede a um braço da adutora, que permitirá a chegada do recurso até a Estação de Tratamento de Água (ETA) Marechal Castelo Branco, na Represa João Penido. Durante os trabalhos, a adutora Chapéu D’Uvas, de 17 quilômetros, precisa estar seca, o que significa reduzir a produção de água dos atuais 1.500 litros por segundo para em torno de 1.250 litros por segundo.

De acordo com o diretor de Desenvolvimento e Expansão da Cesama, Marcelo Melo do Amaral, a falta de água hoje, se ocorrer, será pontual, pois os outros mananciais estão com carga máxima a fim de compensar a perda momentânea. A possibilidade de desabastecimento é maior, ainda segundo ele, em ruas mais íngremes, entre os bairros Barreira do Triunfo e Fábrica. A previsão é que se conclua a execução até o fim da manhã de terça, mas depois será preciso entre 12 e 18 horas para que o sistema seja totalmente restabelecido.

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Com o braço da adutora em operação, será possível preservar as outras represas que fornecem água ao município. O investimento tem o objetivo de evitar, por exemplo, que João Penido, 11 vezes menor que Chapéu D’Uvas, chegue a nível crítico de acumulação do recurso. Isso aconteceu no ano passado, quando em 5 de setembro sua capacidade preenchida era de apenas 22,2%, contra 64,1% ontem.

Hoje Chapéu D’Uvas fornece 250 litros de água no sistema de abastecimento da cidade, que são tratados na ETA do Distrito Industrial, e a previsão da Cesama é de até dobrar esta capacidade. “Nas próximas semanas, já vamos fazer testes operacionais. O quanto vamos utilizar vai depender das condições climáticas e de abastecimento da cidade”, disse, explicando que o dia para a obra foi escolhido em razão do feriado de amanhã, que poderia causar menos transtornos ao comércio.

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