Ministério do Trabalho interdita fábrica da Imbel


Por Tribuna

23/08/2016 às 09h20- Atualizada 23/08/2016 às 19h00

Fábrica, que produz munições de grosso calibre, está interditada (Foto: Olavo Prazeres 23-08-2016)
Fábrica, que produz munições de grosso calibre, está interditada (Foto: Olavo Prazeres 23-08-2016)

*Atualizada às 19h00

A fábrica da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), situada no Bairro Araújo, Zona Norte, foi interditada pelo Ministério do Trabalho. A decisão ocorreu após um dos paióis da unidade ter explodido, na noite da última terça-feira (16). De acordo com o assessor de comunicação da Imbel, coronel Malbatan Leal, um termo de interdição foi entregue na tarde de segunda-feira (22). “Entendemos que esta ação do Ministério do Trabalho corrobora com uma decisão que já havia sido tomada pela fábrica, que é suspender as atividades em ato contínuo ao acidente”, afirmou.

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Conforme o presidente do Sindicado dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Material Plástico de Juiz de Fora e Região (Stiquifamp), Scipião da Rocha Júnior, o Ministério do Trabalho acatou um pedido da classe, que oficiou o órgão no dia seguinte ao acidente pedindo a interdição da fábrica. De acordo com ele, a decisão foi comunicada à categoria na tarde de segunda-feira (22), durante uma reunião da Subdelegacia do Trabalho de Juiz de Fora, entre sindicato, auditores que vistoriaram a fábrica e um procurador. “O encontro durou cerca de duas horas e meia, e foi debatido tudo que os auditores presenciaram na visita à Imbel. Segundo eles, o principal motivo para a interdição é a grande destruição que a explosão causou na planta da fábrica”, disse.

O presidente do sindicato afirmou que todos os passos dados estão sendo acompanhados de perto e garantiu que os salários e benefícios dos trabalhadores estão garantidos. Conforme coronel Malbatan Leal, estão sendo tomadas todas as medidas para que a Imbel volte a funcionar. “O momento agora é de arrumar a casa, ver os danos a terceiros e restabelecer as condições de segurança para que tudo volte a normalidade. Após estas etapas, iremos fazer um laudo e informar ao Ministério do Trabalho, que deve fazer uma nova análise para retomarmos as atividades.”

A chefe da Seção de Inspeção do Trabalho da gerência regional, a auditora Jaqueline Borges, confirmou que, a qualquer tempo, a fábrica poderá solicitar a suspensão do embargo mediante correção das irregularidades. “Após o pedido, é feita uma nova inspeção que permitirá ao Ministério do Trabalho decidir se vai ou não suspender a interdição.”

Em relação as causa do acidente que resultou na suspensão das atividades da Imbel, Malbatan Leal informou que ainda é muito cedo para apontar algum motivo, mas garantiu que está em andamento um inquérito que apura a situação. “Estão trabalhando na fábrica apenas as pessoas envolvidas neste procedimento administrativo, especialistas na área e pessoas que são essenciais para o andamento destes trabalhos”, finalizou.

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