Alunos do Granbery protestam contra Rede Metodista


Por Tribuna

30/06/2016 às 19h27- Atualizada 30/06/2016 às 21h22

Atualizada às 21h10

Centenas de alunos, funcionários, pais de alunos e demais integrantes da comunidade acadêmica protestam na porta do Granbery (Foto: Fernando Priamo)
Centenas de alunos, funcionários, pais de alunos e demais integrantes da comunidade acadêmica protestam na porta do Granbery (Foto: Fernando Priamo)

Alunos, ex-alunos e outros integrantes da comunidade granberyense reuniram-se na noite desta quinta (30) em novo protesto contra a Rede Metodista de Educação. Centenas de alunos da Faculdade se aglomeraram em frente à Reitoria da instituição, na Rua Sampaio, tentando a entrada no local. Os manifestantes também ocuparam parte da Rua Batista de Oliveira. Alguns alunos estão acampados em frente à Reitoria, dentro do prédio da instituição, aguardando para falar com o diretor da Faculdade Metodista Granbery, Walker Soares do Nascimento. Os bombeiros e a Polícia Militar foram acionados e compareceram ao colégio, e a PM estima que cerca de 400 pessoas tenham comparecido ao movimento. Os organizadores do protesto projetaram um número maior: cerca de mil pessoas.

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A manifestação foi realizada em repúdio à demissão de três importantes funcionários nesta quinta:  o coordenador de gestão e planejamento da faculdade, Sidney Carvalho, a diretora-geral do Colégio Granbery, Simone Borrelli, e a diretora acadêmica do curso de Direito, Karen Dutra. De acordo com Ulisses Belleigoli, vice-presidente da da Associação dos Granberyenses e professor do curso de Pedagogia, os profissionais foram demitidos em represália ao movimento realizado na última quarta (29). “Não há justificativa para a demissão destas pessoas, e isto deixou a comunidade revoltada. Além disso,os três eram pilares fundamentais da instituição, o Granbery não funciona sem eles. Foi uma atitude claramente de represália às manifestações”, afirma Ulisses, acrescentando que uma equipe da Rede Metodista de Ensino veio de São Paulo para fazer as demissões. Ainda segundo o vice-presidente dos granberyenses, o coordenador do ensino fundamental pediu demissão em repúdio ao desligamento dos colegas.

Ulisses afirma que, depois do protesto de quarta-feira, a previsão era de que nesta quinta o movimento de aulas fosse normal, mas que a comunidade acadêmica e os diretórios acadêmicos se organizaram para novo manifesto tão logo souberam dos desligamentos dos funcionários. Segundo a aluna de direito Áurea Helena Mancini, os alunos foram convocados pela comunidade acadêmica a participar da manifestação, mas aqueles que, como ela, teriam prova ou banca de avaliação, foram orientados a permanecer nas salas. “Logo depois, fomos instruídos pelo próprio colégio a deixar a sala, independentemente de prova ou banca, porque a faculdade ia ser fechada.”

Resposta da instituição

Em nota, o Conselho Superior de Administração e a Direção Geral do Instituto Metodista Granbery, representados respectivamente pelos titulares Paulo Borges Campos Jr. e Robson Ramos de Aguiar, informaram que confirmam “seu apoio à liderança da Faculdade Metodista Granbery quanto às medidas recentemente adotadas, que visam garantir a sustentabilidade e a qualidade do projeto político-pedagógico institucional da mesma.” A nota diz ainda que “por se tratar de uma instituição filantrópica, vinculada à Igreja Metodista, o compromisso do Granbery extrapola interesses pessoais que lutam contra o diálogo e a compreensão mútua.” Por fim, o documento ressalta que “O Instituto Metodista Granbery tem recebido o apoio de vários setores para enfrentar o momento difícil da economia brasileira, seja por parte da comunidade interna, amigos e amigas do Granbery que residem em Juiz de Fora e outras cidades, granberyenses que por aqui deixaram suas marcas, bem como da Igreja Metodista.”

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