Estudantes da nutrição protestam contra falta de recursos
Cerca de cem alunos de diferentes períodos do curso de nutrição da UFJF realizaram uma manifestação na manhã desta terça-feira (31) em virtude da falta de infraestrutura para realização de disciplinas da graduação. Com faixas, cartazes e apitos, os estudantes se reuniram em frente ao Instituto de Ciências Biológicas (ICB), de onde seguiram até a Reitoria. No auditório do local, o grupo foi recebido pelo reitor Marcus David que, juntamente com pró-reitores, ouviu os estudantes e prestou esclarecimentos sobre o assunto.
Conforme informações do Diretório Acadêmico (DA) da nutrição, o motivo do protesto deve-se ao fato de que três matérias fundamentais para o curso ainda não foram realizadas neste semestre por falta de alimentos perecíveis, que são necessários à sua realização. O não oferecimento das disciplinas Técnica Dietética I e II e Composição de Alimentos acarreta em prejuízos para o andamento do curso, principalmente para os estudantes do terceiro e quarto períodos. Ao final da conversa, o reitor garantiu aos estudantes que a compra dos alimentos será realizada em até duas semanas. Para solucionar o problema, a Administração pretende dispensar o processo licitatório, como forma de acelerar o trâmite.
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Outra cobrança dos estudantes é a respeito da finalização das obras do laboratório do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), também fundamental para o andamento de todos os cursos oferecidos pelo instituto. Na conversa desta terça, o reitor enfatizou que estas intervenções são prioridades para a Reitoria, e que o assunto será discutido em reunião do Conselho Superior na próxima sexta (3).
Dívida milionária
No último dia 14, Marcus David apresentou à comunidade acadêmica um diagnóstico da situação orçamentária e financeira e também das obras na instituição. Os números, levantados nos primeiros 30 dias de gestão, preocupam tanto pelo contingenciamento de recursos que já havia sido estabelecido pelo Governo federal e agora com a possibilidade de mais cortes no horizonte. Chama atenção as dívidas com contas básicas para a manutenção da instituição, como as de água, luz, aluguel do campus de Governador Valadares, entre outras. Somente nesta área, a dívida chega a R$ 14,2 milhões. No que diz respeito ao custeio, as despesas previstas são de R$ 106,7 milhões.