PJF quer shopping popular no Centro


Por GRACIELLE NOCELLI*

27/11/2014 às 07h00- Atualizada 27/11/2014 às 10h59

Terreno está sem uso há 30 anos e possui dívidas de IPTU com a Prefeitura

Terreno está sem uso há 30 anos e possui dívidas de IPTU com a Prefeitura

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Juiz de Fora pode ganhar um shopping popular para abrigar os vendedores ambulantes que atuam nas ruas do Centro. A proposta é que o empreendimento seja instalado no terreno localizado entre as ruas Espírito Santo, Batista de Oliveira e Braz Bernardino. O espaço está vago há 30 anos e possui débito o município referente ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). O anúncio foi feito ontem pelo prefeito Bruno Siqueira durante entrevista coletiva. Hoje será publicada oficialmente a declaração de interesse público para a desapropriação do local e o desenvolvimento de estudos para realização do projeto. A expectativa é que a licitação aconteça no próximo ano.

Uma comissão formada por representantes das secretarias de Planejamento e Gestão (Seplag), Atividades Urbanas (SAU), Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Geração de Renda e Emprego (SDEER) e a Procuradoria Geral do Município terá o prazo de 90 dias para elaboração do estudo e análise sobre a melhor forma de aproveitamento do terreno. A ideia inicial é criar um shopping com espaço para lojas âncoras na parte externa, uma galeria interna que abrigue lojas menores, com medidas entre 7m² e 9m² onde serão instalados os ambulantes, e pavimento para estacionamento rotativo pago e salas comerciais.

O total de estabelecimentos, assim como o número de vagas para veículos, será mensurado pelo estudo. “Estamos iniciando um projeto inovador, mas que demanda tempo. Após a conclusão do trabalho da comissão iremos fazer a licitação, pois a nossa proposta é utilizar recursos da iniciativa privada para a compra do imóvel e construção do empreendimento”, explicou o prefeito.

Segundo ele, ao vencedor da licitação será dado um período de concessão para exploração comercial do espaço, também a ser definido pelo estudo. “Naquela região já foram feitos dois empreendimentos semelhantes com recursos privados. Acreditamos que será um projeto promissor.”

Como melhorias para a cidade, o prefeito destacou a otimização do comércio que hoje é feito no Centro e a segurança e conforto que serão dados aos ambulantes. “Eles serão realocados para um espaço adequado e que irá oferecer melhores condições de trabalho.”

Olho vivo

Após a coletiva, o prefeito caminhou pelas ruas do Centro para fiscalizar o funcionamento das câmeras do projeto “Olho vivo”. Foram analisados os equipamentos instalados no Parque Halfeld, na Avenida Rio Branco esquina com a Rua Marechal Deodoro, na Avenida Rio Branco com a Rua Halfeld e em frente ao Cine Theatro Central. Segundo dados da Prefeitura, já são 24 dispositivos em operação na cidade, e a expectativa é de chegar a 40 até o fim da próxima semana.

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De acordo com Bruno, a empresa que realiza a instalação informou que serão ligados os dispositivos dos bairros São Mateus, Bom Pastor, Alto dos Passos e Santa Luzia, todos na Zona Sul, e do Manoel Honório, na Região Nordeste. “Nossa cobrança é que as 54 câmeras sejam instaladas até o fim do ano, e a empresa diz que isso será feito.” Ele destacou que a preocupação é reforçar a segurança da região central neste período de festas em que o fluxo de pessoas aumenta nas ruas. Se estas previsões se concretizarem, até o fim de dezembro deverão ter também outras 14 câmeras, sendo seis em São Pedro, na Cidade Alta, seis em Benfica e duas no Bairro Santa Cruz, ambos na Zona Note. Já em funcionamento estão os aparelhos do Centro e do Bairro Manoel Honório, na Zona Leste.

* Colaborou Eduardo Valente

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