Servidores estaduais da Saúde entram em greve na segunda


Por Eduardo Maia

20/04/2016 às 16h42- Atualizada 25/04/2016 às 14h20

Servidores da Secretaria de Estado de Saúde (SES) entram em greve a partir desta segunda-feira (25) em Juiz de Fora e todo o estado. A mobilização deve paralisar alguns setores do Hospital João Penido (Fhemig), a Fundação Hemominas e a Gerência Regional de Saúde. De acordo com o diretor estadual do Sindicato Único dos Trabalhadores em Saúde (Sind-Saúde), Fabiano Ponciano, será mantido o efetivo de 30% previsto em lei, com redução do efetivo de auxiliares e técnicos de enfermagem, médicos, bioquímicos, biomédicos, administrativo, entre outros.

A mobilização ocorre, segundo o sindicalista, pelo descumprimento de acordos firmados entre o Governo de Minas e a categoria, tais como reajuste salarial, plano de carreira e redução da carga horária de 40 para 30 horas. “A gente vem discutindo isso desde quando o Governo tomou posse, sendo que alguns pontos da pauta inclusive são promessas de campanha. Ainda não temos o número de pessoas que devem aderir em Juiz de Fora, mas a intenção é grande diante da falta de respostas”, garante.

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Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde afirma que após reunião entre os trabalhadores e o Governo na última terça, ficou definido que a redução da jornada de trabalho para todos os servidores da saúde, sem redução salarial, será iniciada assim que o Estado superar a restrição legal imposta pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A pasta alega dificuldades financeiras e orçamentárias para atendimento ao pleito de forma imediata, já que haverá impacto direto na folha de pagamento.

A secretaria afirma ainda ter se comprometido com a implantação dos benefícios auxílio-refeição e auxílio-transporte para os servidores estaduais cedidos aos municípios a partir do próximo mês e retomar a discussão sobre a reestruturação das carreiras. A SES lembra também que outras reivindicações já haviam sido atendidas em reunião anterior como o retorno das promoções e progressões da carreira a partir de abril de 2016, entre outros.

A contraproposta apresentada pelo Governo foi rejeitada em assembleia pelos servidores “por não significar compromisso real com a implementação da redução da jornada de trabalho”, conforme publicado no site do Sind-Saúde.

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