Centro de hidratação entra em funcionamento


Por Gabriela Gervason

15/02/2016 às 13h23- Atualizada 16/02/2016 às 10h19

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Unidade ficará aberta 24 horas por 3 meses (Foto: Leonardo Costa/15-02-16)

O primeiro Centro de Hidratação de Juiz de Fora entrou em funcionamento na manhã de ontem no PAM-Andradas. Durante as primeiras horas, 12 pessoas diagnosticadas com a doença de forma branda já haviam recebido o “Kit dengue” para realizar o tratamento domiciliar. Neste kit, o usuário recebe oito envelopes de sais para hidratação e comprimidos de paracetamol ou dipirona, dependendo do caso. À tarde, a movimentação no centro foi mais intensa. A unidade funcionará 24 horas por dia pelo período de três meses. O local conta com dois consultórios e equipes formadas por dois médicos, dois enfermeiros, quatro técnicos de enfermagem e dois agentes de atendimento ao público, em cada turno.

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De acordo com a chefe do Departamento Municipal de Vigilância Epidemiológica e Ambiental do municí­pio, Michele Freitas, as atividades do centro acontecem da seguinte forma: o paciente que apresentar sintomas das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti – febre, manchas vermelhas e dores pelo corpo – devem se dirigir à unidade. Chegando lá, a pessoa passará por uma triagem, sendo encaminhada para a consulta médica e para o exame de sangue. Depois do resultado, que leva cerca de duas horas para ficar pronto, a pessoa recebe o soro ou o kit para tratamento.

A Secretaria de Saúde informou que as pessoas também podem ir inicialmente até a Unidade de Atendimento Primário de Saúde (Uaps) mais próxima para procurar o atendimento. No local, receberá um cartão com os dados e informações com o qual o paciente será direcionado para o centro de hidratação, onde receberá atendimento e medicação para dar sequência ao tratamento em casa. O medicamento garante até 48 horas de tratamento.

A doméstica Sueli Abreu, 64 anos, era uma das pacientes que recebeu o soro. Ela avaliou a iniciativa como válida e disse que o centro deveria existir o ano todo, não apenas durante a epidemia. Ela contou esta é a primeira vez que tem dengue e que começou a apresentar os sintomas no domingo, como febre alta e dores na cabeça, nos olhos e no corpo. A professora Mônica Cruz, 41, por sua vez, disse que esperava mais do atendimento. “Enquanto aguardava o resultado do exame, não tive acesso a um copo d’água. Estou com os sintomas desde a semana passada e tenho medo que eles evoluam para o pior.”

Durante o funcionamento do centro, o serviço de Tisiologia da Secretaria de Saúde passará a funcionar no PAM-Marechal. Os atendimentos serão realizados normalmente. Na próxima semana, será lançado o segundo posto de hidratação, localizado na antiga Policlínica de Benfica, na Zona Norte. Em ambas as unidades, o atendimento será “porta aberta” e sem a necessidade de encaminhamento. Para ser atendido, o paciente deve portar documento de identificação.

Ações
Após a confirmação das primeiras duas mortes por dengue na cidade, a Prefeitura informou que seguirá com ações de enfrentamento da doença. Nesta semana, os trabalhos com carro fumacê serão iniciados novamente, assim como a segunda etapa da “5ª Ação Contra a Dengue” realizada pela Guarda Municipal. Recebem o serviço, desta vez, as regiões do Morro do Imperador e dos bairros Bandeirantes e Recanto dos Lagos. O objetivo é retirar do meio ambiente materiais que podem acumular água e servir de criadouro para o mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya.

Na primeira etapa, em janeiro, a equipe percorreu áreas de preservação ambiental nos bairros Pedras Preciosas e Terras Altas, a Reserva Biológica do Poço d’Anta e a Unidade de Conservação do Parque da Lajinha. Nestes locais foram retirados quatro sacos de cem litros de material plástico, 15 pneus e três galões. Além da eliminação dos possíveis criadouros, foi feita orientação aos moradores das regiões visitadas e captura de larvas para análise.

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