Meio cheio, meio vazio


Por Júlio Black

28/01/2016 às 17h04

No Cinemais, primeira sessão não estava com todas as cadeiras ocupadas apesar de todos os bilhetes terem sido vendidos (foto: Fernando Priamo/28-01-16)
No Cinemais, primeira sessão não estava com todas as cadeiras ocupadas apesar de todos os bilhetes terem sido vendidos (foto: Fernando Priamo/28-01-16)

A notícia vinha agitando o cenário cultural em geral e cinematográfico em particular nos últimos dias: “Os dez mandamentos”, a versão pocket para os cinemas da novela de mesmo nome da Rede Record, teve vendas antecipadas nunca vistas antes no país. Ao mesmo tempo, foi noticiado que parte expressiva desses bilhetes fora comprado por grupos pequenos de pessoas – em um dos cinemas de Juiz de Fora, por exemplo, apenas uma pessoa comprou nada menos que cinco mil entradas de uma vez, sendo todos os bilhetes para os quatro primeiras dias de exibição e de uma sessão noturna até 29 de fevereiro. O que se viu nas primeiras sessões em duas salas da cidade (UCI 3, às 13h30, e Cinemais 4, às 14h), na tarde desta quinta-feira, 28, porém, não condizia com a expectativa de salas lotadas: praticamente nenhuma fila antes do início da sessão, e poucas dezenas de pessoas chegando para assistir ao filme.

Os poucos presentes, porém, demonstravam animação e expectativa em conferir na tela grande como seria condensar mais de uma centena de capítulos – acompanhados pela maioria – em apenas duas horas de exibição. A maioria entrevistada pela Tribuna é de fiéis da Igreja Universal. O movimento no Cinemais era tranquilo, apesar de a sessão ter os ingressos esgotados há dias. Entre o público que foi ao cinema, estava Lucy Theodoro Evangelista, que não conseguiu acompanhar todos os capítulos da novela e por isso mesmo estava ansiosa para acompanhar a versão resumida, em especial a cena da abertura do Mar Vermelho. Maria da Aparecida da Silva acompanhou “Os dez mandamentos” do início ao fim, mas fez questão de ir ao cinema rever a história. “Quero ver no cinema para ter uma experiência diferente.” Gesilene Andrade estava na ansiedade por ver o final diferente prometido e até arriscou um palpite. “Imagino que mostrem o povo chegando a Canaã”, declarou, acrescentando que ganhou o ingresso graças a uma rifa.

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Já no UCI, uma das presentes era Beatriz Moreira Roque, que estava curiosa para saber como seria a adaptação dirigida por Alexandre Avancini. “Acho que vai ser melhor, a expectativa é saber o que vai ter de novo no final”, diz ela, citando a notícia de que o filme teria um final não visto na televisão. Para Ana Paula de Jesus Lopes, é preciso ter mais histórias do tipo tanto no cinema quanto na televisão. “Estava tão curiosa que quis vir no primeiro dia, também quero saber o que mais posso aprender com o filme. O que mais gostei na novela e que quero ver novamente é a abertura do Mar Vermelho, desta vez no cinema.”

Danielle Campos Piconcelli faz parte do público que costuma acompanhar novelas, mas queria saber como seria a sensação de acompanhar o épico bíblico na tela grande. “Imagino como vai ser o áudio, se vai destacar os personagens, figurinos.” Para Fabiana Saldanha, a sensação era de que o filme não seria tão bom quanto a novela. “Vai ser bem menos tempo para contar a história, mas mesmo assim não poderia deixar de vir. Quem também estava no UCI era Maria Eduarda Dutra Queiroz, da Igreja Batista, que teve em “Os dez mandamentos” a primeira novela que acompanhou. “Achei muito interessante e estou curiosa para saber como será esse final diferente, não tenho ideia do que será.”
OS DEZ MANDAMENTOS

UCI 3: 13h30, 16h, 18h30, 21h (todos os dias) e 23h30 (sexta-feira e sábado). UCI 4: 14h, 16h30, 19h, 21h30 (todos os dias) e meia-noite (sexta-feira e sábado). Cinemais 4: 14h, 16h30, 19h e 21h30. Palace 1: 14h, 16h30, 19h e 21h30 (exceto segunda-feira). Santa Cruz 1: 13h45, 16h15, 18h50 e 21h15

Classificação: 12 anos

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