Meia tonelada de maconha seria vendida no carnaval
Atualizada às 20h18
A Polícia Civil está investigando a apreensão de mais de meia tonelada de maconha encontrada na noite de terça-feira (27) em uma casa no Bairro Linhares, na Zona Leste de Juiz de Fora. Uma jovem de 19 anos foi flagrada pela Polícia Militar no local, na Rua Professor Aguiar Júnior, e está na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, à disposição da Justiça. A principal suspeita era de que os entorpecentes seriam comercializados durante o carnaval de Juiz de Fora. Essa foi a maior apreensão do ano de drogas em Juiz de Fora e região. De acordo com o comandante do 3º Pelotão da Rotam, subtenente Amaury Wriedt, a jovem não soube explicar a procedência das 590 barras prensadas do entorpecente, com tamanhos variados. A suspeita informou que estava morando no endereço há dois dias junto com o namorado, 23. Ele não estava presente e ainda não foi localizado. Conforme a PM, o homem já tem passagem por tráfico de drogas.
“Recebemos denúncia anônima por meio do 181 de que, neste local, tinha chegado um carregamento de drogas na parte da tarde. Acessando a casa pelos fundos, vimos a mulher sentada de frente para a porta, que estava aberta”, contou o subtenente, que coordenou a manobra desencadeada pela 4ª Companhia de Missões Especiais. Ao ser questionada no momento da abordagem, a mulher disse apenas que morava na residência. “Sentimos forte odor da substância e, quando olhamos pela janela, vimos parte da droga empilhada no cômodo.” Segundo ele, o restante do material estava escondido debaixo de uma cama. Depois de ser pesado, o montante totalizou 500,8kg. “Durante buscas pelo terreno, localizamos também um colete à prova de balas, com duas placas balísticas.”
Conforme os levantamentos da Polícia Civil, ficou constatado que era um local de armazenamento de droga. “Vamos continuar a investigação para ver qual a real participação do namorado dela no tráfico e avaliar quais são os reais proprietários desta droga apreendida. Estamos buscando saber se seria uma rota para levar a droga para outras localidades ou se era para consumo local”, disse o chefe do 4º Departamento de Polícia Civil, Saed Divan, em entrevista coletiva à imprensa realizada na tarde desta quarta-feira. Conforme o titular da Delegacia Especializada Antidrogas, Rogério Woyame, a polícia já tem nomes de traficantes que podem ser os donos da droga. “A partir de um trabalho em conjunto com a PM, estamos tentando identificar outros lugares na cidade onde haja grande quantidade de droga escondida.”
O imóvel da apreensão fica no mesmo bairro das unidades prisionais da cidade, e o que mais chamou a atenção dos militares foi o fato de não terem tomado cuidado para esconder a maioria dos tabletes. “A maior parte da droga estava de forma empilhada ocupando metade de um cômodo da casa”, observou o subtenente. Comandante da 4ª CME, tenente-coronel Robson Garrido, que também participou da coletiva, agradeceu à comunidade pela participação ao denunciar os criminosos.