Greve na Cemig completa 44 dias
A greve dos funcionários da Cemig chega ao 44º dia ainda sem previsão de encerramento. A expectativa é que nesta quarta-feira (13) seja realizada nova assembleia entre os trabalhadores para discutir as propostas apresentadas por representantes da empresa em reunião realizada ontem. O Sindicato dos Eletricitários de Juiz de Fora reconhece que a prolongação tornou o movimento “desgastante”, mas explica que a categoria espera conseguir avançar nos pontos principais de reivindicação. Em nota, a Cemig afirmou que “tem conduzido as negociações de maneira democrática e transparente”.
A proposta dos trabalhadores é de aumento real de 4,85% em 2015 de acordo com a produtividade, participação nos lucros (PLR), abertura de concurso público para a contratação de 1.500 profissionais, “primarização” para substituir a mão de obra terceirizada, plano de carreira, dentre outros. A categoria é contra o corte dos benefícios ofertados pela Cemig aos funcionários ativos e aposentados. “Mais de 40 dias em greve não é algo bom para a empresa e nem para o trabalhador, mas estamos em busca dos nossos direitos”, destacou o presidente do sindicato, José Emanuel Esteves.
De acordo com a companhia, já foram aceitas mudanças em vários pontos da proposta que ela apresentou nas primeiras reuniões. “Tais modificações ocorreram mesmo sendo a proposta da empresa considerada uma das melhores do setor elétrico brasileiro, assim como, uma das melhores, comparada com qualquer outra área da economia do país”. A empresa destacou, ainda, que “mesmo com a paralisação de parte dos seus empregados está tomando todas as medidas necessárias para manter o seu padrão operacional e evitar que o atendimento aos consumidores seja prejudicado”.