Excesso de visitantes reacende debate sobre lotação em Ibitipoca


Por Guilherme Arêas

06/01/2016 às 18h49- Atualizada 07/01/2016 às 07h58

No primeiro dia de 2016, portaria do parque estava lotada de pessoas e carros às 7h30 da manhã (Foto: Marciano Júnior)
No primeiro dia de 2016, portaria do parque estava lotada de pessoas e carros às 7h30 da manhã (Foto: Marciano Júnior)

Destino de muitos turistas no final de ano, o Parque Estadual do Ibitipoca voltou a ficar lotado no último feriado. A situação reacendeu a discussão sobre o total de visitantes do parque, que, nos últimos dias de 2015, passou de 800 para 1.200 por dia. Fotos e vídeos enviados para a Tribuna pelo conselheiro do parque e representante da Associação de Moradores de Ibitipoca, Marciano Júnior, mostram a fila de pessoas e de carros na estrada e na portaria de acesso à unidade de conservação, no dia 1º. Conforme ele, na última reunião do conselho consultivo do parque, em dezembro, os conselheiros votaram pela manutenção do número de visitantes em 800 por dia, mas a administração optou por aumentar a quantidade.

“O estudo de capacidade de carga feito pela UFJF apontou que o parque deve receber 608 visitantes por dia. Por bom senso, o conselho optou por manter os 800. Mas 1.200 é inviável. Ibitipoca está perdendo a qualidade”, diz.

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Após a saída dos turistas, vila acumula lixo  (Foto: Marciano Júnior)
Após a saída dos turistas, vila acumula lixo (Foto: Marciano Júnior)

O gerente do parque, João Carlos Lima de Oliveira, afirma que o limite de visitas por dia foi aumentado para 1.200 após um estudo de capacidade de carga realizado por turismólogos e biólogos. “O parque comporta esse público. E isso independe da capacidade da vila, que hoje é de cerca de 4.500 leitos. Se o parque receber 300 ou mil pessoas, a vila continua com essa capacidade. Se existem problemas na vila ou na estrada, isso não cabe a nós resolver.”

Atualmente, o Parque Estadual do Ibitipoca conta com cerca de dez funcionários, além de seis voluntários. Nos dias de maior movimento, a equipe é reforçada. Uma das propostas do conselho é implementar a portaria eletrônica e oferecer a venda de ingressos pela internet, como forma de ajudar o visitante a se programar e evitar que ele chegue e não tenha acesso ao local.

“Somos uma unidade de conservação de uso público. Temos a preocupação de conservar o parque, mas também temos que oferecer aporte para que o turista visite. Tem muita gente que vem de longe”, defende João Carlos.

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