Regina Casé em aclamada interpretação de doméstica oprimida (Divulgação)

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QUE HORAS ELA VOLTA?

Pernambucana, Val se mudou, há muitos anos, para São Paulo a fim de dar melhores condições de vida para sua filha Jéssica. Deixou a menina no interior do estado, com a família, e se empregou numa casa de luxo para ser babá de Fabinho, morando integralmente na casa dos patrões. Treze anos depois, quando o menino termina o ensino médio, Jéssica viaja à capital paulista para prestar vestibular. A menina, que nunca teve a presença da mãe, serve como estopim para demonstrar a condição de servilismo vivida pela mãe. Entre a rebeldia e a intransigência, a filha de Val lhe sugere novos rumos, nos quais é possível voltar para cuidar da filha. O delicado e sensível filme de Anna Muylaert escancara as senzalas contemporâneas, com uma narrativa ágil, verossímil e, acima de tudo, uma protagonista – vivida por Regina Casé – extremamente amargurada e crível. Urgente, o filme criou rebuliço nas rodas de conversa e também no meio cinematográfico. Telecine Pipoca, 19h50

CULTURA LIVRE

“Eu tô aqui pra jogar conversa dentro/ enquanto lá fora o trajeto é inverso”, canta, em “Cê tá com tempo?”, uma lânguida Anelis, jovem que despontou na cena da música independente nacional nos últimos anos. Ex-integrante do DonaZica, grupo paulista do início dos anos 2000, a filha do compositor Itamar Assumpção faz seu som entre o experimentalismo de um jovem MPB e o jazz de uma cena que não se intimida em lançar mão do eletrônico. Convidada do último programa do ano, Anelis se apresenta rodeada por uma seleta plateia, dentro do próprio palco. Anelis responde às perguntas do público, fala do seu disco “Amigos imaginários” e o que projeta pra 2016. No repertório “Cê tá com tempo?”, “Mau juízo”, “Eu gosto assim” e “Porquê”. TV Cultura, 23h30