Polícia Civil estoura casa de prostituição na Andradas e prende dois


Por Sandra Zanella

23/12/2015 às 11h31- Atualizada 23/12/2015 às 11h34

Um jovem de 22 anos e uma mulher, 40, foram presos em flagrante pela Polícia Civil por suspeita de manterem uma casa de prostituição em plena Avenidas dos Andradas, próximo ao Largo do Riachuelo, na região central de Juiz de Fora. A ação ocorreu na terça-feira (22), após um mês e meio de investigação motivada por denúncias, a equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher conseguiu desmontar o esquema, que funcionava em um dos apartamentos de um prédio residencial. Segundo a delegada responsável pelo caso, Carolina Magalhães, os suspeitos cobrariam R$ 30 a hora do quarto usado por prostitutas, independente do valor do programa estipulado por elas.

Sete jovens, com idades entre 20 e 25 anos, estavam no local no momento da batida policial e confirmaram que se revezavam nos dois quartos do imóvel, mediante pagamento. “Muitas delas atendiam via Whats App. Elas relataram que iam se conhecendo, sabiam que lá estava funcionando uma casa de prostituição e se dirigiam até o local para realizar os programas”, contou a delegada, acrescentando que o serviço sexual era anunciado em um site. Um cliente também foi ouvido e revelou que havia marcado o encontro por meio da rede social. Ele e as jovens foram liberados.

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A suspeita foi presa no local mas, em depoimento, negou participação no crime de exploração sexual e alegou que estava no apartamento para realizar faxina. Já o rapaz, foi capturado no seu local de trabalho, em uma empresa de telecomunicações no Centro. Ele se reservou ao direito de permanecer calado e só prestar declarações em juízo. Uma caderneta com a contabilidade relacionada ao delito foi apreendida. Segundo a delegada, o proprietário do apartamento desconhecia a prática adotada pelo locatário.

“Chegamos através de denúncias dos próprios moradores e também de vizinhos, que presenciavam essa prática, durante todos os dias, nas proximidades das residências deles”, disse Carolina. De acordo com ela, barulhos podiam ser ouvidos e até cenas de sexo seriam vistas pela janela. Imagens de uma câmera instalada no edifício confirmaram a movimentação, que estaria acontecendo desde março. “Na parte da manhã ficava o homem, à tarde, a mulher, e todo programa que essas garotas realizavam teriam que repassar o valor de R$ 30 para essas duas pessoas, que mantinham a casa de prostituição em um prédio residencial, totalmente familiar, inclusive com moradores idosos.”

Conforme a delegada, não foi constatado o envolvimento de adolescentes. O jovem e a mulher suspeitos de exploração sexual foram encaminhados ao Ceresp e à Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires. Ele vão responder pelo crime previsto no artigo 229 do Código Penal: “Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente”. A pena prevista é de dois a cinco anos de reclusão, além de multa.

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