Professora da UFJF é vítima de estelionato
Uma professora do Centro de Biologia da Reprodução, da UFJF, registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil, sexta-feira (11), informando que está sendo vítima de estelionato. Segundo ela, docentes, servidores e alunos de universidades de todo o país – incluindo a UFJF – estão recebendo um e-mail falso, assinado por ela e uma professora da Universidade de São Paulo (USP), informando sobre vagas para serviços temporários. Entre eles, coordenadores e auxiliares para monitorarem vestibulares e concursos em instituições públicas e privadas em todo o Brasil.
Além de pedir depósito de R$ 125 em nome das docentes, o golpista também solicita uma série de informações para cadastro, como números dos documentos de identidade e CPF. “O primeiro alerta que tive foi na quinta-feira, quando uma professora entrou em contato comigo perguntando se eu havia enviado o e-mail. Na sexta, recebi várias mensagens e telefonemas de pessoas de todo o país perguntando se eu estava fazendo este cadastro. Entrei em contato com a professora da USP, também vítima do golpe, que me explicou que isso começou há um mês e, agora, estariam agindo em instituições de Minas Gerais”, disse a professora, que preferiu não ser identificada.
“Estão usando de nossa credibilidade para aplicar o golpe. Já sei que minhas informações não vazaram da base de dados da UFJF, porque foi feita uma investigação ainda na sexta. Alguns alunos começaram a rastrear estas mensagens e já detectaram, inclusive, algumas contas beneficiadas com o depósito. Com base em tudo isso, registrei o boletim de ocorrência na Polícia Civil.” Ainda segundo a professora, o próximo passo será comunicar o fato ao Ministério Público Federal. Na tarde de ontem, ela reunia provas que poderão ser usadas nas investigações. “Infelizmente sei de pessoas que fizeram o depósito”, lamentou.
UFJF alerta
Na manhã de ontem, a UFJF enviou um e-mail para toda a comunidade acadêmica informando do golpe. A mensagem cita que a instituição “não está chamando ninguém para tais serviços e orienta os docentes que forem vítimas a realizarem boletim de ocorrência na Polícia Civil e registrar a denúncia na Polícia Federal.”