Tradição repaginada


Por JÚLIO BLACK

08/11/2015 às 07h00

Seguindo tendência, Cesar Romero comemora as mais de 500 edições dominicais nos últimos 11 anos

Seguindo tendência, Cesar Romero comemora as mais de 500 edições dominicais nos últimos 11 anos

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Um dos nomes mais conhecidos do jornalismo juiz-forano das últimas quatro décadas, Cesar Romero sabe que pedra que rola não cria limo. Por isso, a versão dominical de sua coluna na Tribuna ganha novo visual e formato a partir do próximo domingo, numa celebração dos 11 anos e mais de 500 edições do caderno especial e já antecipando as comemorações pelos 40 anos de atividade na imprensa local. O suplemento, publicado no formato standard, passará a sair no formato tablóide e em papel couché, que outrora era reservado apenas para ocasiões especiais, e tem projeto visual desenvolvido pela editora Lena Sperandio.

As mudanças, porém, não são apenas cosméticas. A edição dominical da coluna terá cobertura fotográfica ampliada, acompanhando um maior número de eventos, entre outras ideias que vão se tornar realidade. “Teremos maior interatividade com o leitor, que hoje já é muito ativo a partir de comentários, sugestões, críticas e notas enviadas”, diz ele. Haverá, inclusive, a seção “Fala quem sabe”, em que um leitor convidado vai opinar sobre um assunto escolhido para a semana. “Quem acontece”, por sua vez, vai tratar do que aconteceu ou vai acontecer.

Outras seções tradicionais da coluna vão continuar presentes – caso do editorial “Antenado”. “O ‘Papo de domingo’ terá maior frequência, e o próximo será com uma personalidade de impacto”, adianta Cesar Romero, mas sem entregar todo o ouro. “Vamos acentuar o ‘JF por aí’, com pessoas da cidade que se destacam além das fronteiras de Juiz de Fora nas mais diversas áreas. Seções como ‘Voo livre’, ‘Toque’, ‘Flashback’ (com fotos publicadas pela coluna anos atrás), ‘Na memória’ (relembrando eventos acompanhados pelo colunista) também continuam.”

Para Cesar Romero, as mudanças que poderão ser observadas na próxima semana são resultado natural da necessidade de se modernizar e atualizar. “A receptividade das edições especiais (aniversários da cidade e do próprio caderno, Natal etc.) sempre foi a melhor possível, e me cobravam que deveria ser assim sempre. O formato tablóide, com o papel couché dá ideia de se estar lendo uma revista”, destaca o colunista. “Quando apresentei a ideia para Suzana e Márcia Neves (diretoras da Tribuna), elas apoiaram de imediato. É um passo além que o jornal está dando.”

Ligado nos novos tempos

A paixão pela palavra impressa fez com que Cesar Romero criasse, em 1970, o seu próprio jornal, a “Gazeta Jovem”, feito com máquina de escrever e mimeógrafo, e ainda tivesse sua primeira reportagem, ainda adolescente, publicada na categoria de “jornalista mirim” no extinto “Diário Mercantil” – mesmo jornal em que teve sua primeira coluna social publicada, em 1976, e onde permaneceu até 1983 – quando, assim como outros colegas, ficou sabendo de sua demissão por meio de nota publicada na primeira página da última edição do jornal. Cesar passou, então, pelo “Correio da Mata” e “Estado de Minas” até ser contratado pela “Tribuna da Tarde” (atual “Tribuna de Minas”) em 1986. “O convite do Dr. Juracy Neves teve um significado imenso de valorização profissional para mim”, salienta.

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O tempo atuando no colunismo social é suficiente para Cesar olhar para trás e se lembrar não apenas das histórias vividas e publicadas, mas também comentar o quanto o gênero mudou com o passar dos anos. “Antes havia mais destaque para os eventos sociais, mas passamos a seguir a tendência de diversificar os assuntos, até parecer um ‘minijornal dentro do jornal'”, analisa. “O leitor também mudou, é preciso dar informação para um público cada dia mais diversificado.”

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