A Agência de Proteção e Defesa do Consumidor de Juiz de Fora (Procon/JF) realizou, entre 27 de junho e 29 de julho, uma pesquisa comportamental sobre a relação entre a pessoa idosa e o mercado de consumo. Os dados foram coletados a partir de um questionário on-line fornecido pelo órgão, além da ampliação presencial nos cursos e palestras ofertadas.
Além do estudo sobre o alto potencial consumerista das pessoas idosas e suas respectivas necessidades, a justificativa para o levantamento foi a alta demanda da população acima de 51 anos em relação à abertura de reclamações sobre o mercado consumidor. Segundo a análise realizada pelo Procon, em maio deste ano, 57,59% das denúncias foram realizadas por esse público.
A pesquisa mostra que 51,7% dos idosos entrevistados são responsáveis pelo sustento da sua família, e apenas 10,3% não têm participação no orçamento familiar, ressaltando o quão significativa é a contribuição financeira da categoria para as famílias e para a economia nacional.
Dentro das suas possibilidades financeiras, apenas 41,4% afirma encontrar produtos e serviços para a sua idade. Assim, estar preparado para tal tipo de atendimento é uma diferenciação no mercado atual, além de que incluir esta faixa etária no mercado de consumo é uma responsabilidade social com o bem-estar desta e das próximas gerações.
Para a supervisora do Departamento de Estudos, Pesquisas e Projetos (DEPP), Gisele Faria, ‘”a pesquisa se justifica dado ao grande potencial consumerista das pessoas idosas no mercado de consumo e, por este motivo, levantar o perfil destas pessoas, bem como hábitos de consumo é uma rica fonte para melhor qualificar os problemas enfrentados, visando à organização de ações educativas, de orientação e formação de fornecedores para o melhor atendimento às pessoas idosas”.