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Anvisa lança ferramenta que apresenta o teor do aminoácido nos alimentos

Foto: Pixabay

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou uma ferramenta que servirá de guia e referência para consultas a respeito do teor de fenilalanina em produtos alimentícios. O guia visa a auxiliar os profissionais de saúde que acompanham pacientes fenilcetonúricos, promovendo melhora na qualidade de vida deles. O painel compila dados sobre alimentos in natura e processados e permite consultas por produto, marca e categoria, além de oferecer informações sobre a quantidade específica de fenilalanina. A organização desses elementos é fundamental para o tratamento, que se baseia, principalmente, na restrição do consumo do aminoácido. O guia pode ser acessado pelo link.

Em 2010, a Anvisa publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 19, que obrigou as empresas fabricantes de alimentos com teor de proteína entre 0,1% a 5% a informarem à Agência a quantidade de fenilalanina. Com base nessas informações e nos dados de referência para produtos in natura, foi elaborada uma tabela que contém o teor de fenilalanina de 74 alimentos in natura e de mais de dois mil produtos industrializados. Em dezembro de 2018, a Anvisa realizou uma oficina com representantes de associações de pacientes fenilcetonúricos e profissionais de saúde para avaliação da usabilidade da tabela. Com os materiais da oficina, foi elaborada uma proposta de apresentação do conteúdo de fenilalanina em alimentos por meio de um painel com opções de consulta.

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Sobre a doença

A fenilcetonúria (ou PKU, como é conhecida mundialmente) é uma doença genética na qual ocorre aumento dos níveis séricos do aminoácido fenilalanina, causado pela atividade deficiente de uma enzima. A fenilalanina é um aminoácido essencial para o organismo, mas sua ingestão deve ser rigorosamente controlada nos fenilcetonúricos. A elevação de fenilalanina no sangue tem efeito neurotóxico e suas sequelas são graves, porém, podem ser evitadas caso as crianças recebam assistência dietoterápica adequada precocemente.

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O tratamento é essencialmente dietético e visa o controle dos níveis séricos da fenilalanina para que não atinjam valores neurotóxicos. A alimentação com baixo teor do aminoácido deve ser introduzida no primeiro mês de vida e mantida a vida inteira. Desde 1990, o diagnóstico da fenilcetonúria tornou-se obrigatório e está entre as doenças investigadas por meio do “Teste do Pezinho”.

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