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Compras de Natal parceladas: saiba como planejar gastos e não se endividar

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Febraban orienta consumidores sobre os cuidados na hora de dividir as despesas de final de ano (Foto: Felipe Couri)

Se, por um lado, parcelar as compras ajuda a dissolver o valor total em vários meses, aliviando os gastos imediatos, por outro, essas parcelas podem comprometer o orçamento financeiro por um longo período de tempo. No final de ano, com os presentes de Natal e as celebrações, é preciso redobrar a cautela na hora de assumir novos compromissos financeiros. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), por meio do portal Meu Bolso em Dia, divulgou orientações para que o consumidor planeje suas compras e não fique endividado no ano que ainda está por vir.

De acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 45% dos consumidores pretendem parcelar no crédito suas compras de Natal. Essa será a principal forma de pagamento utilizada pelos brasileiros este ano e, entre os que pretendem usar o cartão, 47% afirmam que o motivo é ter condições de comprar todos os presentes, 43% pretendem comprar presentes melhores e 39% afirmam que, mesmo tendo condições de pagar à vista, preferem pagar desta forma para garantir sobra de dinheiro no orçamento.

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A mesma pesquisa da CNDL indica que o número médio de parcelas será de 4,7. Isso significa que a última prestação deverá ser paga em abril de 2023. Como coincide com o início do ano, período repleto de despesas extras que pesam no bolso, é importante organizar o orçamento. Conforme a Febraban, antes de dividir as compras, o consumidor deve somar os gastos cotidianos e mensais e subtrair do salário ou renda líquida que efetivamente recebe no mês. Desta forma, é possível entender melhor a situação financeira. Caso a pessoa esteja no vermelho, ela consegue verificar quais despesas pode enxugar.

A partir deste orçamento, o consumidor pode definir um valor máximo que poderá usar para os presentes, para os itens de casa e os demais gastos típicos no final do ano. Segundo a instituição, esse limite auxilia no autocontrole e evita compromissos financeiros que não possam ser arcados. O ideal é fazer uma lista de prioridades e gastar apenas com o que cabe dentro do valor pré-estabelecido.

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Outra orientação da Febraban é que o consumidor anote o valor e as datas de vencimento de todas as parcelas. É importante que as prestações não comprometam mais do que 10% da renda, considerando os demais compromissos financeiros ao longo do mês. Por exemplo: se entram R$ 2 mil em sua conta, o ideal é que a soma de todas as parcelas não ultrapasse R$ 200.

Por fim, uma dica da Febraban é que o consumidor evite parcelar a própria fatura do cartão de crédito. Ao dividir uma compra, é importante garantir que haverá dinheiro para pagar a fatura em sua totalidade na data de vencimento. Isso porque, ao entrar no rotativo do cartão, o valor da compra pode aumentar consideravelmente por conta dos juros.

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Juiz-foranos parcelam compras a partir de R$100

Para o presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), Emerson Beloti, quando o cartão de crédito foi criado, por não saberem lidar com a forma de pagamento, muitas pessoas chegaram a se endividar. Porém, com a popularização, avalia, os consumidores passaram a adotar critérios mais “conservadores” na hora de parcelar as compras.

Mesmo que os consumidores estejam mais atentos ao usar o crédito, ainda há casos de endividamento, especialmente porque, hoje, o cartão de crédito, juntamente com o de débito e com o PIX, representam 80% dos pagamentos. “Hoje, inclusive, há dificuldade de troco nos estabelecimentos porque o dinheiro circula pouco”, comenta Beloti.

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Conforme o representante do Sindicomércio-JF, o que se observa é que o PIX tem sido utilizado para compras de até R$ 100. Ao passar desse valor, os consumidores juiz-foranos têm preferência pelo cartão de crédito. Tendência que não deve mudar neste final de ano.

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