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Para brindar pelo Caminho

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Barbante, uma das paradas do passeio, produziu a primeira cerveja de Minas (Foto: Mârio Ângelo)

Que as cervejas artesanais são a menina dos olhos da gastronomia na atualidade a gente já sabe. Mas o pessoal do Circuito Turístico Caminho Novo, consórcio sem fins lucrativos ligado à Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais, quer tornar a bebida mais amada do país também um impulsionador do turismo em Juiz de Fora e cidades da região. “Juiz de Fora vai além do boom das cervejas artesanais no momento, temos também um vínculo histórico-cultural, já que vem daqui a primeira cerveja mineira, feita pelo Barbante”, explica Danielle Feyo, gestora e vice-presidente do circuito. Para unir duas paixões, turismo e cerveja, o roteiro Cervejas Artesanais: História, Cultura e Arte”, prevê um passeio por duas cervejarias de Juiz de Fora, promovendo não apenas a degustação do produto, mas a harmonização com pratos da gastronomia local e informações sobre a tradição cervejeira em Juiz de Fora e a história da cidade.

Segundo Danielle, a ideia é despertar o interesse de juiz-foranos, moradores de cidades vizinhas e turistas pelo turismo local por meio da produção da bebida. “Além das cervejarias, vamos unir as cidades que integram o Caminho Novo, na qual Juiz de Fora se inclui e desempenha um papel catalisador”, esclarece. Segundo ela, a ação pode impulsionar diferentes setores econômicos. “Sabemos que as cidades não possuem o mesmo potencial turístico, mas não é por isto que elas não podem se beneficiar do turismo em si. Neste tour, por exemplo, os pontos em que paramos vão oferecer mais que a degustação de cerveja. Haverá produtos do artesanato e da gastronomia local disponíveis para compra e consumo. E nossa intenção é fazer a mesma coisa em outros projetos, como disponibilizar estes itens em hotéis, bares e estabelecimentos do circuito, para que eles não fiquem restritos a feiras e mostras locais”, adianta Danielle. “Em 2016, comemoraremos os 110 anos do queijo do reino produzido em Santos Dumont. Nossa intenção é incluí-lo em pratos de harmonização com as bebidas e que tenham a ver com a identidade dos locais visitados, como a pizza no Mr.Tugas. Desta forma, o artesão, o produtor local, fica inserido neste fluxo turístico”, exemplifica a vice-presidente.

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Nesta quarta e quinta-feira, o tour dará seus primeiros passos, em sua primeira viagem exclusiva para convidados. Segundo Danielle, a previsão é de que o passeio seja aberto ao público daqui a dois meses, para cerca de 20 pessoas por vez, a princípio com saídas mensais. “Vamos observar a demanda e o funcionamento do tour na prática, para então estabelecermos um calendário condizente”, diz a gestora. Para a vice-presidente do circuito, a iniciativa tende a trazer inúmeros benefícios a longo prazo. “O roteiro reforça e, literalmente, brinda o turismo local, com uma proposta que envolve história, cultura e arte, para a região pioneira na produção de cerveja e na relação do produto com Minas Gerais, normalmente associada à cachaça.”

 

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Trajeto histórico-cervejeiro-cultural

O passeio sairá da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em direção à Avenida Itamar Franco. O objetivo é refazer parte do trajeto percorrido pela Tocha Olímpica e identificar os atrativos em seu percurso. Ao entrar na Avenida Rio Branco, será abordada a importância histórica e a atual da via, ressaltando sua construção com o intuito de fazer parte do Caminho Novo no Brasil Imperial e a formação do centro de Juiz de Fora em seus arredores. No percurso, serão citados a Catedral Metropolitana, o Paço Municipal, o Parque Halfeld, os painéis de Portinari, o Edifício Ciampi e o Largo do Riachuelo. No Morro da Glória, o destaque fica para a cervejaria de Augusto Kremer (situada na Igreja da Glória), ressaltando tanto o contexto histórico da igreja quanto sua relação com a tradição cervejeira.

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A primeira parada acontecerá no parque do Museu Mariano Procópio, onde será contada a história do museu e do homem que lhe empresta o nome. No trajeto entre o parque até o próximo atrativo, outros méritos da cidade serão valorizados, como as fábricas têxteis da época, a cervejaria de José Weiss e a Usina Marmelos – primeira usina hidrelétrica da América do Sul. Ao passar pelo Museu de Arte Murilo Mendes, a história do poeta será resgatada, e a próxima parada é o Morro do Imperador, expressivo cartão-postal da cidade, havendo a possibilidade de uma apresentação musical no local. O próximo destino é a cervejaria Barbante, e o papo girará em torno da imigração alemã e a cultura cervejeira. Além da cervejinha, os participantes poderão degustar petiscos e conferir artesanatos das cidades do circuito. Dali, a caravana segue para o Mr. Tugas, com visita à fábrica, degustação e apresentação do queijo do reino de Santos Dumont.

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