Seguindo o movimento de que comida é cultura, podemos refletir como a cultura de cada povo influi diretamente em sua alimentação. Os judeus, por exemplo, mais que uma dieta, seguem um estilo de vida através da comida Kosher. Confesso que desconhecia totalmente o assunto até que um tio do meu marido, que há décadas mora em Israel e, há poucos anos se converteu ao judaísmo, veio jantar em nossa casa. Não pensei duas vezes, dei um Google para escolher o cardápio e entender melhor as tradições.
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Kosher ou Kasher significa “apropriado”, “adequado”. A diferença na pronúncia está vinculada à região, sendo que no hebraico israelense se pronuncia kasher e nos EUA é muito utilizada a pronúncia kosher. As leis de kashrut tem origem na Bíblia judaica (Torá) e do Talmude (coleção de livros que dá origem ao código de leis judaicas, inclusive sobre o comportamento alimentar). E há algumas regras a serem seguidas.
Enciclopédia de comida Kosher
As carnes permitidas são de vaca, carneiro e cabras. As aves domésticas são permitidas, como frangos, perus, faisão, patos e gansos. Os porcos e coelhos estão fora, por não serem ruminantes e não terem o casco fendido. Após o abate dos animais, eles devem ser lavados para que não haja resíduos de sangue. Também os subprodutos do sangue, como morcela, molho pardo e afins, não devem ser consumidos. Os peixes com escamas e barbatanas poderão fazer parte da dieta Kosher, porém, crustáceos e moluscos devem ser excluídos.
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Uma das regras principais da comida Kosher está na proibição de se misturar, numa mesma refeição, ou durante o preparo, carne ou frango com leite e derivados. É preciso guardar um intervalo de cinco ou seis horas para consumir um ou outro alimento.
Na comida Kosher, há alimentos que são considerados neutros (chamados pareve ou parve). São os alimentos que não contêm carne, nem leite e derivados. Podemos entender como “pareve” os ovos, peixes, verduras, os cereais, os grãos, as massas, chás, café, etc.
Em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, existem certificadoras kosher que desempenham a tarefa de avaliação e certificação das indústrias alimentícias. Elas verificam os insumos e suas procedências, o processo de fabricação, assim como a eventual influência de outros produtos e linhas de produção dentro da fábrica.
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Até a próxima.
Claudinha