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Das impropriedades

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Maria Luíza era professora de português do ensino médio. Lecionava em uma escola pública e acabou se envolvendo sexualmente com Ederson. Ocorre que Ederson era seu aluno. E tinha apenas 14 anos.

Entre os meninos da escola, Ederson virou herói. Porque Maria Luíza, com seus 23, era uma senhora gata.

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Nas internas, o pai do Ederson também achou o máximo.

Mas a mãe do Ederson não viu tanta graça.

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Botou a Justiça na jogada.

Estupro de vulnerável.

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E lá foi Maria cumprir oito anos no xadrez.

Ederson ficou mal com aquilo, porque gostava mesmo das aulas da Maria Luíza. De todas.

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Bem comportada, ela saiu da cadeia após cinco anos e foi fazer mestrado e depois doutorado, vivendo com os pais e da bolsa de pós-graduação, já que ali pelas redondezas não achava emprego – sabe como é cidade pequena.

E reencontrou Ederson, agora estudante universitário, e iniciaram um namoro público e oficial.

Depois de cumprir a pena da Justiça, Maria Luíza cumpria agora, junto com Ederson, a pena das línguas. Aquele negócio de cidade pequena. E de não ter nascido em 1910. E não ser do show business.

A solução então foi meter o pé pra longe. Juazeiro do Norte, sertão do Ceará.

Alugaram um cafofo nas imediações da Praça Padre Cícero.

Agora Maria Luíza leciona na Universidade Federal do Cariri.

Ederson é professor na Escola Estadual Figueiredo Correa.

Começa o mestrado ano que vem.

E não vê a hora de voltar a ser aluno da Maria.

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