Findando mais um ano, é comum pensarmos no que passou e sonharmos com o que está por vir. Lembremo-nos, sobretudo, de que qualquer mudança ou qualquer realização inicia-se na semente do hoje, como presente de Deus.
E, a partir das escolhas que foram feitas, elegemos na vida experiências e lições em campos diversos; por vezes, revestindo-se de frutos felizes, por outras um tanto amargos. E, assim, nem sempre teremos os dias com céu claro, exigindo mais atenção, paciência, resignação e compreensão.
A Doutrina Espírita nos informa que a bondade divina deixa livres as criaturas na aquisição da evolução espiritual, para a qual fomos criados. O aprendizado é parte do processo. A liberdade, então, caminha com a responsabilidade, ligando-se aos resultados das ações. Sendo assim, erro ou correção, discórdia ou paz seguem por nossa conta.
D. Isabel Salomão de Campos, em uma de suas inspiradoras afirmações, nos diz que “devemos sempre fazer uma reciclagem em nossas atitudes”. Para isso, não há orientação e roteiro mais seguros do que Jesus, conforme afirma, “a vida só passa a ter sentido quando os ensinamentos do Cristo começam a iluminar as nossas decisões”.
Dessa forma, cada qual de nós, acenando para o fim de um ano no calendário do mundo e dando boas-vindas ao novo tempo que se inicia, lembremo-nos do nosso livre- arbítrio e das muitas oportunidades que se fazem, dia a dia, para continuarmos sempre, e quem sabe recomeçarmos, na conquista de valores eternos, imperecíveis; aqueles que o ladrão não rouba e a traça não corrói.
Nesse sentido, pela bendita psicografia do nosso querido Chico Xavier, seguimos o convite do espírito Emmanuel à seguinte reflexão: “Sucedem-se os anos com matemática precisão, mas os dias são sempre novos. Dispondo, assim, de 365 ocasiões de aprendizado e recomeço, anualmente, quantas oportunidades de renovação moral encontrará a criatura, no abençoado período de uma existência?”.
Perseverando em vencer as dificuldades íntimas, esquecer mágoas, perdoar, amar, ser solidário, desejar o bem ao outro como a nós mesmos, burilamo-nos gradativamente. Esse esforço diz sobre nós mesmos e do que realizamos, e não do outro e do que ele realiza.
Conscientes da responsabilidade pessoal e intransferível, cada qual busca construir seu inferno ou seu céu desde sempre, amparados pela justiça eterna, que se emoldura de misericórdia. Deus não nos abandona entregues às escolhas, por vezes, infantis e superficiais, passageiras, revestidas de transitória aparência. Dá-nos sempre a chance do reajustamento por suas leis amoráveis.
Jesus afirmou “eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. D. Isabel completa: “Jesus é o Caminho que devemos seguir, é a Verdade que precisamos aceitar, é a Vida que necessitamos viver”. Renovemo-nos sob o eterno presente de Deus.
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