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Vida que te quero viva

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Alegres e esquecidos das nossas tristezas, já com alguma especulação bem despretensiosa sobre o tal vírus… assim participamos da última “aglomeração” logo antes de a pandemia de Covid-19 se deflagrar… mal sabendo que nos dias seguintes quase tudo seria diferente!

E foi: falta de compreensão misturada com um medo não se sabe do quê; incerteza quanto a dar muita ou pouca atenção às notícias; mais uma artimanha política?

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O fato é que o fantasma mostrou a que veio: onde não levou vidas, deixou o aviso de que não estava brincando. E acabou a brincadeira: a política pode até ter pegado carona, mas não houve partido mais contundente do que o “corona”. O dementador chegou sufocando, sem piedade, os primeiros marcados para entregar a sua felicidade.

Avesso às regras sociais, o vírus não pede licença para entrar, aceita poucas chances de recusa, simplesmente leva o corpo consigo e, ainda, não permite despedidas. História que se fez presente para mais de um milhão de pessoas no mundo, em menos de 365 dias!

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E agora, José? Agora? Há que se agradecer por estar vivo. Sobreviventes de uma roleta russa… mas, agora, com mais oportunidades de se desviar dos ataques do vírus, porque aprendemos, às pressas, que o distanciamento e a higiene sociais são as mais eficientes barreiras de defesa, até que a vacina nos socorra. Aprendemos?

Às pressas, também, tivemos que adaptar toda a nossa rotina de vida, contatos, convivência e trabalho. E, como toda mudança, esta nos trouxe susto, medo, dúvida, negação, tentativa, erro e acerto, nesta ordem, com um pouco mais disso e um pouco menos daquilo. E só é dado a Deus e a cada qual saber todos os impactos que precisaram ser absorvidos para doer menos.

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Contudo, felizmente, aqui estamos refletindo sobre tudo isso! Então, desejo para nós que, em 2021, procuremos estar em paz com todos os que estimamos; valorizemos a nossa saúde; lembremo-nos de que sempre existe alguém precisando de nós: abramos nosso coração; fiquemos atentos aos outros, não é só você, não sou só eu, todos precisam de alguma atenção; não tomemos como ofensivas todas as atitudes negativas dos outros, na maioria das vezes é uma questão com eles, e não conosco; olhemos para o nosso umbigo para corrigir as nossas falhas e levantemos os olhos para enxergar e admirar as qualidades do outro; dediquemos um pouco do nosso tempo para, gratuitamente, agradar a alguém; lembremo-nos de que fomos poupados para viver.
Agradecidos, façamos valer!

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