Acabei de ler o Jornal Tribuna de Minas do dia 21 de janeiro 2021. Assim o faço todos os dias, como o artigo de Juliana Netto. O que me chamou atenção para pensar e, é claro, escrever esta crônica. E emocionei-me! Creio que posso falar desta forma. Faço parte da história do JF Vôlei e vou lhes dizer o porquê.
Fui criada nos meios esportivos. Morávamos na cidade de Guarani (MG), minha terra natal. Meus irmãos adolescentes adoravam jogar futebol, e papai era o juiz, exigente como sempre, com a disciplina dentro do campo. Talvez de onde herdamos a dedicação e amor pelos esportes e, por isso, seja um talento de família.
Aos domingos, tudo era festa, e mamãe ficava brava, pois sua pontualidade era britânica, e o almoço deveria ser às 10h. Os times, na época, rodavam as cidadezinhas como Coronel Pacheco, Goianá, Rio Novo, São João de Nepomuceno, etc. O mais interessante é que sempre tinha o saco de juta de bolas e chuteiras, isso não poderia faltar. Todos nós éramos torcedores do Guarani Futebol Clube, e havia o time rival, com o qual disputávamos as partidas. Seu apelido era “Tibério” Independência Futebol Clube. Nesta época tudo era festa!
Meus dois irmãos, Luiz Antônio e Paulo Augusto (in memorian), eram excelentes jogadores, apesar de terem profissões diferentes, pois um era engenheiro mecânico, e o outro, agrônomo. Luiz Antônio se destacou tanto que foi convidado para fazer parte de um dos melhores times de Minas Gerais, o Cruzeiro Futebol Clube.
Hoje acompanho a trajetória de filhos e netos. Todos, por sua vez, têm sua veia esportiva, o que me faz lembrar esta época carinhosamente. Ao assistir as partidas do JF Vôlei observo uma dedicação de toda comissão técnica e admiração do público que grita, xinga, chora, bate palma, o que não nos faz passar despercebido, além de entender toda aquela manifestação popular que é admirável.
Dr. Bara (in memorian), meu esposo, tinha uma vibração emocionante de se ver, com muito fervor ao esporte, e sempre apoiou, dando suporte médico, além, é claro, dos atletas terem seu plano de saúde. Esta trajetória permeou por dez anos. Também existem empresários que apoiam esta ação social, o que nos torna gratos.
Para o bem estar da população, os técnicos e sua comissão do JF Vôlei se fazem presentes nas escolas públicas municipais de Juiz de Fora, ensinando fundamentos básicos e incentivando as crianças o valor do esporte e, assim, desenvolvendo uma melhora para a sociedade mais justa. O que me leva à reflexão de que o esporte só traz benefícios para nossas crianças e jovens, dando-lhes um futuro melhor. Por isso, a desistência não deve fazer parte de nossas vidas.
Faço uma pergunta aos leitores: o projeto JF Vôlei deve continuar? Reflitam bastante! É o nosso legado, não é apenas um pão de queijo! É uma ação social!
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