Se dona Júlia Kubitschek, mãe de Juscelino, ressuscitasse junto com ele e aparecesse hoje em Brasília, criaria sem dúvida uma impressionante imagem de terror comparando quando ela apareceu pela primeira vez na capital criada por seu filho “Nonô”, como ela gostava de o chamar, com o que estava vendo agora: pandemias como o coronavírus, desemprego de mão de obra em massa, uma desastrada administração pública etc.
Na área da economia, desde a era JK, passaram vários mestres da economia, e o atual ministro Paulo Guedes tenta fazer de tudo para tirar o Brasil deste beco sem saída. O coronavírus é um problema hoje mundial, e os países que estão vivendo esse problema fazem de tudo; os cientistas da saúde estudam 24 horas por dia meios de se criar uma vacina contra o mal e também remédios que poderiam resolver o problema. Até hoje, infelizmente, não conseguiram ainda nada, além de algumas experiências até promissoras.
Se antes da crise o Brasil já tinha 13 milhões de desempregados com carteira assinada, hoje, com a crise e com os trabalhadores sendo despedidos das empresas, o número de pessoas sem emprego deve já ter dobrado. Com lojas fechadas e a indústria ou parada ou trabalhando totalmente menos do que sua capacidade de produção, o Brasil já tem um enorme desemprego de fatores de produção: lojas fechadas, empresas paradas e outras capacidades de produção de serviço como escolas também fechadas. O pandemônio é total, e os técnicos e os economistas não sabem como e quando poderão acabar com esse terrível destino.
Se d. Júlia e Juscelino estivessem vivos, estariam, com certeza, até arrependidos de ter voltado a viver neste mundo atual. Sem que seu amado filho “Nonô” pudesse tentar dar um jeito na situação econômica do Brasil de hoje e pudesse repetir a frase “só mesmo Nonô para fazer algo assim”, os dois se sentiriam incomodados e frustrados por não ter como resolver o problema. A deslumbrante Brasília, a indústria automobilística, os imensos canteiros de obras vividos na época da construção da nova capital pertencem ao passado, e fazer o Brasil sair da estagnação atual e desenvolver outros anos como os 50 anos em cinco são coisas que ficam só como memórias de JK, nos livros como aqueles escritos e editados pelo economista formado pela PUC-Minas, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira. Sonhar não é proibido.
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