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Encantar a Política: palavras do Papa

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Em nossa última coluna, a Equipe “Igreja em Marcha” abordou a importância do processo eleitoral deste ano. Retomamos aqui o tema para comentar o projeto Encantar a Política.

Elaborado pela Rede Brasileira de Fé e Política em parceria com o Conselho Nacional do Laicato do Brasil, com a aprovação da Presidência da CNBB, o projeto vem incentivar todo o Povo de Deus a participar responsavelmente da política. Quem cumpre esse papel de incentivador é o próprio Papa Francisco, por meio de suas encíclicas Fratelli Tutti e Laudato si’ e a exortação apostólica Evangelii Gaudium. Elas são como trilhas abertas para nos guiar no complexo espaço do campo político.

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A entrada se dá ao descobrirmos a Política como gesto de amor: “Alguém ajuda um idoso a atravessar um rio, e isto é caridade primorosa; mas o político constrói-lhe uma ponte, e isto também é caridade” (FT 182). É o mesmo amor ao próximo de que fala Jesus na famosa parábola do samaritano: próxima é também a pessoa distante de mim, a quem demonstro amor fazendo-lhe o bem, mesmo sem a conhecer. É o que faz a Política ao exercer o Poder Público para cuidar dos bens comuns. Retoma-se então clássica definição de Política com o “ciência e arte do bem comum”.

Em seguida, o Papa levanta uma questão bem prática: “não se pode ignorar que os erros, a corrupção e a ineficiência de alguns políticos” dão uma imagem negativa da política. Contudo, “poderá o mundo funcionar sem política? Poderá encontrar um caminho eficaz para a fraternidade universal e a paz social sem uma boa política?”(FT 176). Diante disso, Francisco diz: “Rezo ao Senhor para que nos conceda mais políticos, que tenham verdadeiramente a peito a sociedade, o povo, a vida dos pobres” (EG 205). Assim se realizará o sonho dos Santos Paulo VI e João Paulo II: construir a civilização do Amor, uma civilização planetária fundada na Paz universal e na Justiça social.

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Enfim, Francisco nos convida a fazer Política para o bem da Terra, nossa Casa Comum, hoje devastada por um “sistema econômico que mata”. Mata a Terra e os pobres, cujos gritos a Igreja deve escutar e atender. E isso deve começar logo! O processo eleitoral brasileiro já está em andamento, e os cristãos não podem ficar alheios a ele: devemos nos deixar encantar pela Política e praticar a boa Política, confiantes no que insistem nossos bispos: “o quadro atual é gravíssimo. O Brasil não vai bem!”. Isso não deve ser motivo para desânimo, mas sim para “participar das eleições e votar com consciência e responsabilidade”.

É o momento de rezar, organizar-se e trabalhar para que povo católico, convocado por Francisco e pelos Bispos do Brasil, responda a seus apelos e se mobilize em defesa da Democracia, da Justiça, da Paz e do Cuidado com a nossa Casa Comum. O leitor e a leitora conseguirão todo esse material acessando https://cnlb.org.br/encantarapolitica/.

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