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‘Margarida de Prata’, prêmio do cinema

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O prêmio “Margarida de Prata”, instituído, em 1967, pela CNBB, como seu primeiro Prêmio de Comunicação, está com inscrições abertas até o próximo dia 31 de janeiro. Dedicada ao cinema, essa iniciativa representou um importante apoio à produção cultural livre do país, sobretudo, na época em que o país passava por um período de repressão militar. Ao longo dos 51 anos de premiação das produções, o “Margarida de Prata” tem revelado novos nomes e confirmado diretores e produtores consagrados do cenário cinematográfico do Brasil.

O padre Rafael Vieira, o assessor de imprensa da CNBB, diz que o “Margarida de Prata” nasceu num tempo e num ambiente de plena efervescência cultural e de transformação quando as grandes telas eram grandemente responsáveis por levar uma mensagem de conscientização social e política ao público. “A primeira cerimônia de premiação aconteceu no prédio da mitra arquidiocesana do Rio de Janeiro, onde funcionava a CNBB, em 1967, reunindo pessoas engajadas em movimentos que buscavam transformação”, destacou.

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Atualmente, a escolha criteriosa dos filmes, feita por uma equipe constituída por professores de Cinema da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), deu ao prêmio repercussão nacional e marcou uma posição de prestígio da Igreja no campo do cinema. Hoje, o prêmio busca ser um instrumento incentivador da reflexão sobre o cinema, a cultura e os valores humanos, éticos e espirituais da sociedade.

O prêmio “Margarida de Prata” visa ampliar a consciência crítica dos espectadores a fim de que sejam capazes de valorizar, nos filmes, a discussão sobre a realidade do país e o imaginário do povo. Além disso, ele também deseja contribuir com a comunicação, enquanto utilização do cinema como instrumento incentivador da reflexão sobre a cultura e os valores espirituais da sociedade.

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Os interessados em participar da seleção ainda podem conferir o edital e realizar a inscrição no site do prêmio até o dia 31 de janeiro.

Na última edição, realizada no ano passado, a atriz Fernando Montenegro foi homenageada pela Conferência com menção honrosa por sua participação em “Central do Brasil” e no filme “Eles não usam black-tie”, de Leon Hirszman. Já os ganhadores foram o Belisário Franca e a Joana Mariani, diretora e roteirista do filme “Marias”, que retrata a devoção mariana na América Latina.

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Os interessados em concorrer ao prêmio deverão escolher e cadastrar suas produções em dois tipos de categorias. O longa-metragem deverá ser de ficção ou documental e deverá ter duração mínima de 70 minutos. Já o curta-metragem poderá ser de natureza documental ou ficcional em formato digital ou película, com duração de cinco a 19 minutos.

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