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Museu Mariano Procópio

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O Museu Mariano Procópio é um patrimônio cultural de Juiz de Fora. Seu acervo originário e os respectivos prédios, bem como o belo parque que os circunda, foram doados ao município por Alfredo Ferreira Lage (filho de Mariano Procópio), mediante escritura pública, em 1936. Numa das cláusulas da escritura, o doador instituiu o Conselho de Amigos do Museu, composto por 30 membros, indicando, desde logo, os primeiros conselheiros (eminentes figuras da sociedade) e dispondo que à medida que se vagassem os respectivos lugares estes seriam preenchidos pelo próprio conselho, o qual teria a missão de atuar como órgão curador, responsável pela preservação das finalidades precípuas da instituição.

Preocupado em dotá-lo de autoridade para tanto, o doador estabeleceu que, sem prejuízo da administração do patrimônio pelo município, ao conselho competiria participar da escolha do diretor do museu, formando, no começo de cada governo, uma lista tríplice para sua designação pelo prefeito. A escolha do diretor do museu é, pois, um ato complexo, cuja iniciativa compete ao Conselho de Amigos e do qual o prefeito só participa na etapa final.

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É o que acaba de ser feito, mais uma vez, segundo quis o doador e conforme têm procedido, numa louvável tradição de respeito à sua vontade, os sucessivos chefes do Executivo municipal, havendo sido escolhido para o cargo o arquiteto Antônio Carlos Duarte (que, antes, já o exercera), por ato do prefeito Bruno Siqueira. Deve-se a este, aliás, recente e importante iniciativa que abre novas perspectivas ao museu. Trata-se da criação do Fundo de Apoio ao Museu, cujo projeto foi submetido pelo prefeito à Câmara no seu primeiro mandato e se converteu em lei, que vem a ser regulamentada por decreto. Teve o prefeito o descortino de perceber a importância daquela medida, acolhendo proposta do Conselho de Amigos, originária de anteprojeto que, ali, apresentamos em janeiro de 1994, mas que só agora prosperou.

O referido fundo será um instrumento capaz de subsidiar, em parte, as atividades do museu, à medida que encontre, junto aos que para ele podem contribuir, o mesmo altruísmo de Ferreira Lage. Como bem cultural do município, de expressão nacional, o museu não pode ter sua manutenção confiada apenas à Prefeitura. O empresariado local, instituições como a Universidade Federal de Juiz de Fora e os representantes da região nas Casas Legislativas devem envidar esforços no sentido de concorrer também para aquele fim ou obter recursos destinados ao referido fundo.

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O museu, em razão do estado em se achavam os dois prédios que abrigam suas peças, teve que ser fechado à visitação há cerca de uma década e está passando por obras de recuperação, lentas e onerosas, que demandam vultosos recursos. Juiz de Fora, a Atenas Mineira, pioneira em tantos setores, saberá preservar o Mariano Procópio, o segundo museu imperial e um dos principais museus ecléticos do país.

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