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O sofrimento e a fé

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Os Evangelhos de Mateus e Lucas fazem referência ao encontro de Jesus com um Centurião Romano, quando este demonstra a Jesus tamanha fé, por ocasião da cura de seu servo. “Digo-lhes a verdade: Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé.”

A fé é a convicção na intercessão do alto, ancorada na razão, na compreensão e no raciocínio. À medida que amadurecemos espiritualmente, vamos compreendendo de onde viemos, para onde vamos e o que estamos fazendo aqui na Terra.

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O entendimento da razão da vida e das leis que regem o universo nos confere a compreensão de que as causas do sofrimento podem residir nesta ou em outras existências.

Num exame cuidadoso de nossos pensamentos e atitudes, encontramos, muitas vezes, a origem dos males que nos afligem. Lembremo-nos de que tudo que fazemos, de bom ou mal, nos alcançará de alguma forma, no suceder dos dias, dos anos e até dos séculos.

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Deus sábio, misericordioso e bom não nos punirá como na lei de Talião, mas com suas leis de misericórdia e amor nos suscitará ao progresso, razão de nossa existência. O problema é que, muitas vezes, mergulhados na carne, nos distraímos com o mundo e nos esquecemos do real motivo pelo qual nascemos e malbaratamos o tempo que passa ligeiro. No quesito sofrimento, desconhecedores das verdades de Deus, nos revoltamos contra Ele, rebeldes ao aguilhão que nos impulsiona para frente, para que avancemos nas sendas do amor e do saber.

A resignação nos chega através do entendimento das leis da vida, como a compreensão das leis de causa e efeito e da certeza do amparo do céu. Dessa forma, razão e emoção se entrelaçam, unindo compreensão e esperança, resultando na convicção de dias mais felizes.

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Maravilhosa é nossa existência, que nos descortina sempre um dia novo para aplicarmos os ensinamentos de Jesus: “Dar de comer a quem tem fome! Vestir os nus! Fazer ao outro o que queremos que o outro nos faça!”.

Esquecemos, muitas vezes, que somos assistidos por uma plêiade de espíritos e que tudo fica gravado no livro de nossas vidas. A chance de fazer o bem é diuturna, debaixo do teto de nossa casa, no trabalho, com o irmão de sangue ou com desconhecido. De dia ou de noite; criança, adulto ou idoso; saudáveis ou doentes; felizes ou amargurados!

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Que não esperemos o dia de amanhã para distribuirmos simpatia, ampararmos alguém ou, simplesmente, ofertarmos o nosso sorriso. O dia de hoje nos descortina a melhor oportunidade de apagarmos nossas faltas com amor, como se quitássemos nossas dívidas com o nosso passado de equívocos. Lembremo-nos de Jesus: “O amor cobre a multidão de pecados!”.

Nessa trajetória de trabalho cristão e fé, crescendo em amor e sabedoria, vamos deixando para trás o círculo de sofrimento e vamos alçando voos, libertos das amarras dolorosas que nos prendem às experiências aflitivas. Perseveremos no caminho reto, confiantes no amparo da espiritualidade superior, convictos de que a paz sempre alcança os obreiros de Jesus.

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