A cada viagem que faço pelo exterior me deparo com a mesma situação: como faço para me comunicar em um país de língua estrangeira? Essa tarefa até certo ponto simples para os cidadãos de diferentes países da Europa, dos EUA, do México, do Japão e da América do Sul parece ser missão quase homérica para a maioria de nós brasileiros, uma vez que o ensino de línguas estrangeiras por aqui, em muitos casos, não faz parte do currículo regular.
Assim sendo, os que conseguem suprir essa carência, em boa parte dos casos, moraram fora do país, fizeram intercâmbio acadêmico ou, como no meu caso, passaram a vida toda nas duras e repetitivas aulinhas de inglês.
Diante de tal situação e perante a comprovação por meio de vários estudos acadêmicos de que aqueles que são bilíngues possuem uma atividade cerebral mais capacitada, ou seja, são mais produtivos do que aqueles que dominam apenas um idioma, pergunto: como podemos reduzir a defasagem que temos em nos comunicar em outra língua perante outros cidadãos dos mais diferentes países?
A pergunta não é simples de responder, contudo possível a partir de uma mudança constitucional e através de um debate mais qualificado em relação aos ganhos que podemos adquirir com a adoção de uma segunda língua oficial no país.
Diante disso, proponho às autoridades públicas brasileiras e à sociedade em geral a adoção de uma segunda língua oficial no Brasil: o espanhol.
Esta medida, se aprovada, certamente se constituirá no melhor caminho para ampliarmos nossas oportunidades de negócios mundo afora, fortalecendo, ao mesmo tempo, nossa cultura e facilitando a vida de nós brasileiros residentes nas mais diferentes regiões do país.
Diante do exposto, não se sabe por que nossos governantes nunca pensaram nisso até hoje! Certamente deve ser porque eles estão preocupados, neste momento, com outras questões, como as relacionadas à operação Lava Jato e a de confundir o público com o privado nas mais diversas instâncias do poder constituído.