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Feminicídio no Brasil

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Todos os dias, mulheres são mortas por seus companheiros ou ex-companheiros no Brasil. Infelizmente, esse não é um fato recente. O crime de ódio contra as mulheres está entranhado na história do país desde a época da colonização, quando era comum maridos matarem suas esposas e receberem penas brandas por alegarem crimes passionais ou defesa da honra, e até hoje essa continua sendo uma história que se repete para várias brasileiras.

A qualificação do crime não é suficiente. As leis vigentes de apoio às mulheres vítimas de crime de ódio não são suficientes. Sabe por quê? Nossas mulheres continuam morrendo por serem mulheres. Como a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, morta pelo ex-companheiro na frente de familiares; como a cabeleireira Adriana de Costa Alvarenga, morta por seu companheiro na frente de seus filhos; ou a empresária Simone Priscila Ferreira, torturada e morta pelo ex-namorado. Essas são algumas das mulheres que tiveram suas vidas arruinadas pelo simples fato de serem mulheres.

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Em 2020, a Rede de Observatório da Segurança monitorou os casos de feminicídios em cinco estados brasileiros e revelou que cinco mulheres são mortas todos os dias vítimas da violência de gênero. No início da pandemia, 12 estados brasileiros registraram aumento dos casos de feminicídios, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Enquanto isso, nosso presidente reforça a misoginia em seus discursos e propaga o ódio contra as mulheres.

Como nossas mulheres vão se sentir seguras? As políticas públicas de proteção às mulheres se mostram ineficazes. Pesquisas realizadas pelo Atlas da Violência apontam que o número de casos de feminicídio e atos de violência de gênero cresceram 4,2% no país entre 2008 e 2018. A penalização por esses crimes é uma medida necessária, porém apenas a condenação dos suspeitos não é útil para a resolução do problema no cenário geral. A repressão penal precisa ser acompanhada de campanhas de conscientização e prevenção, políticas de redução da desigualdade e da violência, como o acompanhamento psicológico das vítimas e dos agressores, visando uma mudança comportamental.

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Dessa forma, podemos avançar levando informação e auxílio para quem precisa e, assim, começaremos uma nova era de mobilização e amparo às nossas mulheres vítimas da misoginia.

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