A sociedade vive uma mudança de hábitos e de comportamento perante uma nova realidade. A vinda da Covid-19 trouxe um novo processo em relação ao mercado de trabalho. As empresas da produção de bens e de consumo tiveram que se adequar a uma estrutura totalmente atípica. Todas as relações sociais ficaram restritas, em boa parte, nas residências da maioria das famílias. O isolamento social tornou-se uma necessidade diante de uma pandemia pouquíssima conhecida, cujos efeitos com o contato de pessoas e materiais infectados com Covid-19 podem causar a morte.
Essas mudanças atingiram pessoas e empresas. As relações comerciais foram intensificadas por meio do trabalho realizado em home office, por teleconferências, auxiliando a produção e o desenvolvimento de novas formas para se chegar ao cliente. Boa parte das empresas intensificou os serviços de delivery para atender aos consumidores de uma forma segura.
Empresas como hospitais, farmácias, padarias etc. tiveram que se adequar de uma forma abrupta e pouco conhecida. O receio do contágio e a falta de informações adequadas a esta realidade trouxeram problemas estruturais e pontuais necessários ao seu funcionamento e à manutenção de meios que permitam o acesso a estes locais.
A gestão dessas empresas tem passado pelo grande desafio de atender a uma demanda crescente de pessoas sem saber se elas estão contaminadas ou não. Soluções paliativas têm sido empregadas para evitar este contágio, como o uso do álcool 70, água e sabão, uso de máscaras e limpeza constante do ambiente.
Em contrapartida, estamos enfrentando discussões calorosas de abertura e fechamento do mercado de trabalho. Se permitem as saídas às ruas das pessoas confinadas, como controlar esta pandemia com pessoas ignorando sua própria segurança por não acreditarem no contágio?
Muitos profissionais da área de saúde, com o apoio dos respectivos conselhos de classe, têm oferecido orientação e apoio às pessoas e a outros profissionais que lidam diretamente com essas dificuldades e que têm enfrentado um alto grau de stress emocional.
Para os gestores das empresas, ficou grande o desafio de manter a economia do país e de sua região provendo recursos humanos, materiais e insumos necessários a este enfrentamento. A cadeia de suprimentos hospitalares está aos poucos retomando a assistência a um nível de segurança mais adequado a esta realidade. Alguns materiais como máscaras, aventais cirúrgicos, álcool 70 foram disputados e adquiridos pela população. Isso causou um desabastecimento, e as unidades de saúde acabaram colocando muitos profissionais em situações desafiadoras para o atendimento adequado aos usuários.
Neste cenário de constantes mudanças, cabe a cada gestor e a suas equipes de profissionais, a nível federal, estadual e municipal, atuarem de forma harmônica e criativa para que os recursos necessários à assistência à saúde e à economia da região e de seu país sejam suficientemente adequadas, e as relações de trabalho, dignas para uma população que se viu confinada e, em alguns casos, sem possibilidade de remuneração e trabalho.