A mente humana pode realizar coisas grandiosas ou não, e entre elas temos uma condição excepcional: o poder das palavras, que pode sedimentar uma amizade ou uma relação, ou, mesmo, desconstruir toda uma história entre duas ou mais pessoas. Através da comunicação, as palavras podem levantar, emocionar, motivar, decepcionar, aproximar, afastar, derrubar ou magoar as pessoas. O mais importante: essa condição está em nossas mãos!
Existem pessoas que sabem fazer o bom uso das palavras, chamando a atenção do outro sem causar dissabores. Entretanto outros entendem que podem falar com franqueza, mesmo que essas palavras causem dor para quem escuta, confundindo com sinceridade. Devemos ressaltar que ser franco significa expressar o que se pensa sem medir as consequências no campo pessoal. Ser sincero é uma qualidade de quem diz a verdade, tomando cuidado para não ofender a quem se dirige.
Infelizmente, o ser humano tem andado carente do poder de comunicação. Existem líderes no trabalho travestidos de capatazes que tratam seus subordinados com arrogância. Em casa, temos pais e filhos, tios, avós e marido e esposa que se digladiam através das palavras, perturbados pela arrogância e pela falta de empatia de um para o outro. Quantas amizades e famílias já se desintegraram pelo mal uso do poder das palavras? Por quê?
Feridas verbais costumam ser tão ou mais dolorosas que agressões físicas! No calor das emoções, palavras ditas não têm volta! Dói para quem ouve e reflete depois para quem disse! Precisamos ouvir mais o que falamos e de que forma ela nos apresenta. Aprendi que escutar é uma arte e que devemos sempre dar espaço para que o outro possa se manifestar. No entanto tem que haver um equilíbrio de contato pautado entre dar e receber. Em outras palavras, devemos ouvir alguém, e o outro, nos ouvir, para que haja uma constância harmônica capaz de fortalecer as relações humanas. Isso vale para as palavras escritas e faladas!
Cada ser humano é um mundo especial e merece respeito, porque, dentro dele, ninguém sabe o que se passa. Quantos suicídios poderiam ter sido evitados com o poder das palavras? Quantos estados depressivos poderiam ter sido evitados? Quantos atos de violência ocorreram pelo mau uso das palavras? Por isso que a profissão de psicólogo está em alta: eles sabem nos escutar e, melhor ainda, podem nos reconstruir com as mesmas palavras que destruímos aqueles que fazem ou faziam parte do nosso campo de relações humanas. Freud, em 1890, já dizia que um tratamento psíquico da alma só é possível por meio das palavras, seu poder e suas relações com a matéria.
Segundo Joyce Meyer, se você não é feliz com a sua vida, pode ser uma boa ideia fazer um inventário das palavras que você diz. Merece uma reflexão! Sejamos humildes!