“Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus).
Nossa reflexão de hoje é sobre o amoroso apelo do Mestre de Nazaré, que guarda e transmite consoladora mensagem de esperança. O jugo do Cristo é o jugo do amor, da obediência às divinas leis. Vencendo séculos, tal convite ecoa nas almas que têm ouvidos de ouvir.
Os tempos se passaram, e, ainda, tantas aflições e tantos sofrimentos afligem a humanidade, em geral, distanciada das leis de Deus. Quantos de nós ainda escolhemos o egoísmo, o orgulho, os interesses pessoais, nos apegamos a paixões inferiores e tantos outros sentimentos que se materializam em ações no nosso dia a dia, movimentando e ampliando o mal?
Se de um lado se evidenciam os interesses imediatistas, de outro destaca-se o convite divino à aquisição de valores eternos, a falar sobre a transitoriedade das circunstâncias materiais. Se aqui cogitam os enganos da alma em compromissos aparentemente inadiáveis, logo além surge o chamado sincero do Cristo com promessas de renovação. Sobre as opções individuais, Emmanuel analisa assertivamente, esclarecendo que “nem todos os aflitos pretendem renunciar ao objeto de suas desesperações e nem todos os tristes querem fugir à sombra para o encontro com a luz”.
Não adianta viver a verdade mais ou menos, ser honesto mais ou menos, amar mais ou menos. O terreno foi preparado, e o caminho, apontado. Fica a cada um a opção, que é escolha individual, acionando o livre arbítrio. O amoroso e sublime apelo foi e será sempre o de Jesus, contudo o movimento de ir em direção a Ele é nosso, ficando a cada aflito da Terra a decisão em trocar o cativeiro das próprias paixões pelo jugo suave do Cristo.
E a Doutrina Espírita vem nos confortar a alma com a eternidade e as possibilidades infinitas de renovações e acertos. Como nos diz d. Isabel Salomão de Campos, a doutrina é Jesus de volta, é o amor a esclarecer e nos falar da justiça e da misericórdia de Deus.
O convite de Jesus é de todos os tempos e não nos fala de ociosidade, mas sim de renovação em seu referencial “aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. Recordemos que o processo de mudança exige dedicação e persistência. Para além das lágrimas e dos sofrimentos, atendamos aos nossos deveres e aprendamos a reerguer-nos no roteiro renovador do Cristo. Ele nos aguarda na vivência de seus ensinamentos, no aperfeiçoamento constante e na vitória sobre nós mesmos: “Vinde a mim (…) e eu vos aliviarei”.
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