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Para começo de conversa

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Certamente, um dos maiores ganhos para a humanidade como um todo foi a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, que começou a indicar um caminho para seguir em direção a um mundo mais justo e equitativo. Diversas conquistas vieram desse passo, mas ainda faltam muitas outras para completar esse percurso. Muita coisa ainda está só no papel, principalmente quando os direitos em questão envolvem minorias como a dos LGBT. Talvez os caminhos tenham se equiparado – afirmação controversa, mas há os que acreditem -, porém, os percalços ainda são maiores e mais perigosos para eles – estão longe de serem os mesmos.

As pessoas ainda se recusam a conhecer mais sobre eles, se limitando a julgar e, pior que isso, discriminar. Sempre há os extremos nocivos: de um lado, o negligente “não julgo, mas não ajudo” e, de outro, o intolerante “não gosto, nem tolero”. Contudo, para as minorias se fortalecerem, precisam de aliados nessa luta. E quais poderiam ser? Em primeiro lugar, encontram-se os meios de comunicação – para abrirem espaço para ecoar suas vozes. Em segundo, a empatia por parte dos jornalistas e publicitários – são eles que vão definir que mensagem vai ser passada. Em terceiro, o Poder Público – deputados, senadores e demais políticos e instituições que devem criar políticas públicas inclusivas. E, no mais, poderia ficar o dia todo enumerando-os, até chegar em você que está lendo este artigo.

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E o que se tem de tão importante para conhecer? Bem, como diria Voltaire em sua famosa frase: “Posso não concordar com o que dizes, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”, todos temos nossas próprias pautas individuais que interferem e necessitam do coletivo, e, para garantir que nossas vozes sejam ouvidas, primeiramente, devemos ouvir as que gritam e clamam por ajuda. Ainda mais quando ela se refere ao direito básico de existir. Imagina você se olhar no espelho e se ver como Maria, mas, na fila do banco, te chamarem de João. Onde está Maria? Ela vive? Inteira? Indo mais a fundo, sabia que a estimativa de vida de pessoas transsexuais é de 35 anos? E que, enquanto um ano tem 365 dias, 445 homossexuais foram mortos em 2017 no Brasil. Onde está o direito dessas pessoas à existência? Sendo assim, se não souber por onde começar a pesquisar a resposta da primeira pergunta, sugiro que siga por esse caminho.

Busque os significados dos termos. Como diria o ditado popular, “dê nome aos bois”. Busque por notícias sobre eles, em vez de esperar que elas cheguem até você. Afinal, com a tecnologia vigente, cada vez mais só serão encaminhadas a um indivíduo informações que são interessantes a ele, que tem busca. Seja solidário. Dê lugar. Ouça. Entenda. Integre. O mundo precisa disso. Gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, pansexuais, todos precisam disso. E, talvez, um dia você vai precisar também.

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