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Medicamentos para Covid não substituem vacina

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Nos últimos anos, a pandemia de Covid-19 atingiu todos os setores da sociedade brasileira. A falta de informação a respeito do vírus e, consequentemente, de como tratá-lo colocou os farmacêuticos na linha de frente do enfrentamento à pandemia – tanto no balcão das farmácias quanto nos laboratórios.

Nas farmácias, os profissionais foram fundamentais no suporte à população, orientando as pessoas quanto aos cuidados fundamentais para evitar o contágio e também buscando frear a automedicação com fármacos sem eficácia comprovada contra a doença. Já nos laboratórios, atuaram ativamente no desenvolvimento das vacinas que seriam revolucionárias no enfrentamento à pandemia.

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Apesar dos avanços tanto no tratamento quanto na prevenção da Covid, a doença continua atingindo o Brasil – com mais de 35 milhões de casos confirmados no país, de acordo com os dados do Ministério da Saúde. Uma nova possibilidade surge no horizonte com a aprovação de medicamentos para o tratamento de pessoas infectadas – em 2022, a Anvisa aprovou o primeiro antiviral a ser utilizado para combater a doença no Brasil: o Paxlovid, produzido pela Pfizer. Há também outros fármacos em desenvolvimento, e entidades brasileiras como a Fiocruz já protocolaram pedidos de transferência de tecnologia para a produção nacional dos medicamentos.

Os antivirais possuem diversos mecanismos de ação para frear a atuação dos vírus; alguns agem impedindo que eles invadam as células – parte fundamental da infecção -, enquanto outros atuam diretamente no DNA ou no RNA viral, enfraquecendo sua replicação. Apesar de representarem um importante avanço tecnológico, vale lembrar que esses medicamentos atuam num momento posterior ao contágio, não impedindo que ele aconteça. A vacinação e os cuidados cotidianos, como a higienização das mãos e o uso de máscaras, continuam sendo os métodos mais eficazes de evitar a contaminação.

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É também importante entender que a chegada desses fármacos não significa, necessariamente, que serão imediatamente acessíveis a todos. A previsão é que, ao chegar às farmácias, o custo desses medicamentos para o consumidor chegue a custar entre R$ 2.500 e R$ 2.700. Além disso, fármacos similares, como o Baricitinib – da farmacêutica Eli Lilly, aprovado para tratamento da Covid-19 no SUS -, tendem a ser reservados a pacientes hospitalizados, que precisam de oxigênio por máscara ou catéter nasal.

Para progredir no combate à Covid, o desenvolvimento de medicamentos mais eficientes deve continuar caminhando lado a lado com a manutenção das medidas preventivas, como o uso de máscara e a vacinação. Em todo o processo, a classe farmacêutica continuará presente e atuante – como sempre fez até aqui.

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