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É Natal!

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É Natal! Talvez um pouco diferente sob o olhar do mundo, com algumas restrições, possivelmente sem a aproximação que desejávamos, com preparativos igualmente diferentes, entretanto com muitas reflexões, com o repensar de valores, com a reciclagem de nossas atitudes, com a esperança de vitórias no bem. Naturalmente, que de alguma forma tocados pelo momento que ora a humanidade vivencia, permitindo a expansão que a dor oferece às almas que sofrem, ligando-nos a Deus.

Cabe a nós um questionamento: de que maneira nos preparamos para o Natal de Jesus, que comemora sua vinda entre nós, que celebra o nascimento do sublime mensageiro de Deus na Terra, que marca a divulgação do Evangelho, propagando a mensagem divina entre os homens?
E de tantos exemplos que Jesus nos deu, dos muitos ensinamentos de seu Evangelho de Amor, reflitamos sobre uma passagem do Evangelho de João. Era a terceira aparição de Jesus após o evento da crucificação. Depois de uma noite de pesca improfícua de Simão Pedro e outros discípulos, Jesus, sem ser identificado, os aguardava na praia e, notando que nada haviam pescado, orienta-os a lançar as redes para a direita do barco, possibilitando-lhes pesca abundante. João, então, identifica o Mestre na areia, e todos voltam ao seu encontro. Jesus interroga Pedro: “Simão! Filho de Jonas, tu me amas?”. Pedro responde: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Jesus lhe diz: “Apascenta as minhas ovelhas”. Três vezes Jesus repete a pergunta. Na terceira vez, Simão, um tanto entristecido, responde: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Ao que Jesus lhe diz novamente: “Apascenta as minhas ovelhas”.

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Inspiradora passagem evidencia a direção segura para o trabalho da pesca que naquele momento os discípulos exerciam, todavia, para além, revela o caminho e o roteiro a Pedro, como pescador de homens. Apascentar as ovelhas, que literalmente é o ato de pastorear, conduzir ao pasto, abrange, no sentido evangélico, ações como conduzir, nutrir, vigiar e orientar as almas. Jesus confiava a Pedro seu ministério de amor, e, ao contrário de qualquer suspeita em relação aos sentimentos do discípulo, a indagação repetida por três vezes destaca a importância da persistência e do amor no trabalho de redenção das almas na imensa seara da vida. Ao interrogá-lo, Jesus convida Pedro a percorrer o caminho do amor, com lutas, porém com a orientação segura de que com amor essas lutas seriam vencidas. O pescador de Carfanaum seguiu, levantando os caídos do caminho para a aquisição de valores imortais.

O convite de Jesus a Pedro estende-se a cada coração que desejar lhe seguir os passos, é o convite à vivência de seus ensinamentos, ainda que tenhamos que lutar e sofrer. Esse amor nos acalenta a alma e enxuga nossas lágrimas. Na perspectiva espiritual, o Natal será sempre o convite a viver o amor que nasceu na manjedoura, o amor que cura, a luz que os séculos não conseguirão apagar, nas palavras de d. Isabel Salomão de Campos, trabalhadora incansável de Jesus. É Natal! “Glória a Deus nas Alturas, Paz na Terra, boa vontade para com os homens” (Lucas).

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