Muitos missionários vieram antes de Jesus, preparando os homens para receber os ensinamentos do Cristo. Entre eles, João, o Batista, como ficou conhecido por batizar a quem o procurasse em arrependimento. João Batista foi o último dos profetas, aqueles que anunciam os desígnios de Deus, predizendo acontecimentos por inspiração divina. João anunciava que a chegada do Messias estava próxima.
O profeta usava a água em adultos como sinal de arrependimento e renovação. O ritual do batismo era uma prática difundida na Palestina, provinha dos antigos da Grécia, do Egito, dos Essênios etc, e representava os ritos de iniciação em diferentes religiões e crenças, não sendo, portanto, prática do Cristianismo.
João Batista afirmava que ele era a voz do que clamava no deserto e que depois dele viria aquele do qual não seria digno de desatar as correias das sandálias, Jesus.
Quando da aproximação de Jesus, João reconhece a superioridade moral do Messias e lhe diz que Ele era quem deveria batizá-lo. Mas Jesus afirma: “Deixa por agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça.” Jesus não batizou, todavia se deixou batizar por João, a fim de cumprir a profecia e permitir que o profeta o anunciasse às multidões.
Dali para diante, Jesus segue sua missão, recrutando seus discípulos para o trabalho de edificação do Reino de Deus nos corações dos homens, tornando conhecida a vontade de Deus, revelando o caminho para o Pai, através da vivência do amor e do perdão, que Ele veio anunciar e viver, legando o Evangelho ao mundo como roteiro para evolução espiritual.
João foi um sinal do cristão ativo em luta contra suas próprias imperfeições, e Jesus é o caminho, a verdade e a vida, estendendo o chamado de sincera renovação moral à humanidade.
Jesus é o convite aos sofredores e aflitos, a todos que buscam vencer as suas imperfeições, aos que se encontram cansados ou sobrecarregados. É a doce voz que se faz ouvir nos desertos das dificuldades e decepções, é o amigo sempre presente. A Ele, confidenciemos nossas aflições e dificuldades, certos de que o seu jugo é leve, e o seu fardo suave.
Entretanto é justo lembrar que, diante do reconforto de que nos sintamos necessitados, cabe-nos a construção íntima e diária de seu reino divino, aquele alicerçado em seus ensinamentos na intimidade da alma e muito além de ritos exteriores. Jesus afirmou “a cada um será dado segundo as suas obras”. Façamos de nossa parte o movimento de ir ao Cristo, através da renovação do nosso modo de sentir e viver pelos padrões de seu Evangelho, seguindo as pegadas do Mestre.
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