Os leigos e as leigas são importantes na missão que a Igreja lhes dá através da coordenação de uma comunidade, no conselho de pastoral, na coordenação de uma pastoral ou de um movimento, na catequese, na juventude, na educação. Eles e elas ajudam internamente com seus pastores, diáconos, presbíteros e bispos, nos diversos serviços na divulgação da evangelização e serem evangelizados, mas também têm uma missão na sociedade, sendo pessoas que trabalham e atuam em alguma empresa, na política, nos meios de comunicação social, na vida econômica, nos setores nacionais ou internacionais visando sempre ao testemunho de vida ligado ao evangelho de Jesus e da palavra da Igreja.
O Concílio Vaticano II colocou a importância dos leigos e das leigas para o bem de toda a Igreja. Os pastores sabem que não foram instituídos por Cristo Jesus sem a presença deles e delas, de modo que não sejam sozinhos na assunção da missão da Igreja no mundo, mas eles apascentam de tal modo que haja o reconhecimento dos fiéis em suas atribuições e carismas para que, assim, pastores, leigos e leigas cooperem de uma forma unânime na obra comum da evangelização e da salvação em Cristo Jesus. É preciso que todos, na vivência da verdade e do amor, cresçam na relação com Cristo, que é a cabeça da Igreja.
O Vaticano II disse que os leigos são os fiéis cristãos, que, sendo incorporados a Cristo pelo Batismo, constituídos como parte do povo de Deus e feitos participantes do mundo cristão, exercem sua parte integrante na missão de todo o povo de Deus na Igreja e no mundo.
O Concílio também afirmou que a índole secular é a característica própria e peculiar dos leigos e das leigas. Dessa forma, por vocação, compete a eles e a elas procurar o Reino de Deus e ordenar as coisas segundo a vontade de Deus. Eles vivem no século, nos ofícios diversos e trabalhos do mundo, mas também nas condições da vida familiar e social. Sendo chamados por Deus e guiados pelo espírito evangélico, concorrem para a santificação do mundo, pelo testemunho de sua vida, pela fé, pela esperança e pela caridade, manifestando Cristo aos outros. Cabe a eles e a elas ordenar as coisas temporais, para que sejam feitos segundo Cristo.
O IV Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal, no documento final, gratidão e profecia, ressaltou a valorização do laicato nas assembleias, nos conselhos pastorais, nos ministérios confiados aos leigos e às leigas. É preciso investir mais recursos na formação dos cristãos leigos e leigas nos diversos campos da teologia, bíblia, pastoral, espiritualidade e na Doutrina Social da Igreja.
A “Igreja em Marcha”, com mais de 50 anos de publicação em veículos de comunicação de nossa cidade, exerce o papel do laicato, oferecendo diversas reflexões sobre nosso momento presente. Queremos manter viva a doutrina social da Igreja por meio dos diversos documentos e eventos que aqui comentamos.