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Maio Amarelo

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Os gestores públicos dos níveis federal, estadual e municipal têm dedicado o mês de maio à conscientização no trânsito. Neste ano, a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) apoia a campanha que tem como mote: Nós Somos o Trânsito. Desde 2009, a ONU, constatando que os acidentes passaram a figurar como uma das principais causas de morte no mundo, lançou o desafio de reduzir esses óbitos em 50%. O Brasil aderiu ao esforço mundial que responde a um dos nossos mais graves dilemas de saúde pública.

Os acidentes de trânsito e a violência ocupam a 9ª posição de causas de óbitos no planeta. No Brasil, as causas externas, entre elas, os acidentes de trânsito, figuram como o principal fator de mortalidade entre os jovens do sexo masculino, além de constituírem um relevante redutor da expectativa de vida geral no país. Seguindo a tendência nacional, no Estado de Minas Gerais, de acordo com a SES/MG, apenas no primeiro quadrimestre de 2018, 126 pessoas morreram no trânsito. Em nossa região de Saúde, que envolve 37 municípios, de acordo com o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), entre 2011 e 2018 (1º quadrimestre), 874 pessoas perderam a vida pelo mesmo motivo.

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Além dos óbitos de decorrência imediata, existem aqueles que morrem por causas derivadas, outros tantos que ficam lesionados e alguns destes com sequelas irreversíveis. Sendo assim, esse tipo de ocorrência impacta fortemente o sistema de saúde. As internações assim motivadas absorvem boa parte dos já escassos recursos públicos investidos nas unidades de saúde. Em geral, requerem procedimentos mais complexos e, por isso, de custos elevados. Um elenco de problemas que poderiam ser evitados através da adoção de ações simples.
Destaca-se que as vítimas não se limitam aos motoristas e passageiros, cerca de 50% destas são pedestres, motociclistas e ciclistas. Tal dado nos leva a verificar o quanto é equivocada a percepção geral de que o trânsito se restringe ao conjunto de carros e condutores. Diferentemente, o trânsito é tanto o motorista quanto o pedestre. Nós somos o trânsito! Consequentemente, para reverter essas desconfortantes estatísticas, cada indivíduo precisa cuidar de si e dos outros, estando ou não ao volante.

Ao Poder Público cabe garantir as condições técnicas para o bom funcionamento dos fluxos de veículos e pedestres, adequada sinalização e condições viárias. Também é seu papel sensibilizar as comunidades, mobilizando especialmente escolas e UBSs. Mas apenas isso não basta. É vital o efetivo envolvimento de cada um e cada uma, adotando uma conduta responsável no tráfego, como pedestre, sempre atento à sinalização, como condutor, assumindo postura defensiva, consciente e de respeito às normas, especialmente a de jamais misturar álcool e direção. Se cada qual fizer sua parte, vamos conquistar um trânsito mais seguro.

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