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O Pism e o trânsito caótico

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Denise Polato

Farmacêutica

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“Creio que a cidade poderia receber melhor estes milhares de alunos, muitos oriundos das cidades vizinhas”

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Se não bastasse a enorme pressão sofrida pelos alunos, pais e responsáveis a cada edição do Pism, promovido pela UFJF, ainda temos que lidar com um fator externo, incontrolável e absurdo: o trânsito caótico que se instala no entorno da universidade no dia da aplicação dos exames de admissão.

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De nada adianta se dirigir à Federal com duas horas de antecedência ou tentar caminhos alternativos, pois o resultado, ano após ano, é sempre o mesmo: pais, alunos e motoristas reféns da total falta de planejamento por parte dos responsáveis pela organização do evento. Desde a logística de distribuição dos locais das provas, que aparentemente não segue um critério racional, à organização e preparação das vias de acessos ao campus, demonstram-se o despreparo e a ausência de pragmatismo por parte dos responsáveis. Trata-se de um evento anual, conhecido, possível de ser planejado e organizado com meses de antecedência.

Em média, a cada edição, circulam em torno de cinco mil estudantes, cuja primeira impressão, em meio ao pânico da experiência tão traumática que é o acesso à universidade, é perceber o caos instalado, o risco do atraso e a consequente desclassificação. Creio que a cidade poderia receber melhor estes milhares de alunos, muitos oriundos das cidades vizinhas.

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Mas o que é necessário e urgente a ser feito? Será que não dispomos de especialistas no gerenciamento do trânsito em situações de grande fluxo de veículos? Se os acessos aos portões da universidade são estreitos e afunilam o trânsito, retardando sobremaneira o fluxo, por que não se criarem vias exclusivas e expressas, tanto para carros como para os ônibus, com locais de saída específicos, sem paradas intermediárias? Não adianta divulgar que a frota foi ampliada se esta mesma frota não consegue circular em velocidade compatível à demanda.

Basta observar os gargalos na rotatória do Bairro Estrela Sul que dá acesso ao Independência Shopping e ver o desespero dos pais e alunos que começam a descer dos carros e a seguir a pé, sob chuva ou debaixo de um sol de verão, evidenciando que algo não está funcionando. Sem falar que, nestes pontos críticos, não se vê a presença de um único guarda de trânsito, que possa ao menos tentar controlar o que parece ser incontrolável.

Não tenho conhecimentos sobre gestão de tráfego urbano, mas acredito ser perfeitamente possível se constituir uma equipe multiprofissional, de maneira urgente, para reavaliar toda a logística envolvida na realização das provas. O Pism 2017 já está em andamento. Esperamos que as experiências dos anos anteriores sirvam de aprendizagem e estímulo na promoção de melhorias. Afinal, não é justo submeter nossos estudantes a um estresse totalmente possível de ser evitado.

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