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Tiltes do Tite ou Jogo de 7 erros do professor

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Tentando uma leitura correta para este escrito, listo em seguida o que classifiquei, com o auxílio da regra gramatical aprendida sem muito brilho na escola, como tiltes do Tite, enfim, os erros que levaram os jogadores da seleção a uma pane no jogo contra a Croácia. Informa expressamente o Dr. Google: “Um player que está “tiltado” toma diversas decisões ruins em sequência”.

Erro de concordância, coesão e coerência, impecavelmente fleumático no comportamento e no vestuário, que me faz lembrar sempre da casimira inglesa, o sempre elegante treinador brasileiro desarrumou o ataque quando deixou o Richarlison no campo sem qualquer condição de soltar um pombo sem asa parecido com aquele do jogo contra a Sérvia e não o retirou na hora certa.

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Erro de ortografia, substituiu o garçom Vinícius Jr, que dançou sem música da torcida muda e perplexa, e o ataque ficou totalmente desabastecido, fraco, desafinado, desatinado, incapaz de reagir ao avanço cada vez mais animado do adversário satisfeito e agradecido pelo tamanho e teor do presente que veio à baila em campo.

Erro de colocação pronominal e pontuação, isolou o recém-contundido Neymar entre o meio-campo e a zaga de grandalhões preparados e foi corrigido e redimido pelo talento do craque que lhe entregou, em lance de habilidade peculiar, a classificação de bandeja, com um gol totalmente descolado do contexto medíocre que foi a atuação do time a seu comando.

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Erro de regência, básico, indesculpável, foi o espetáculo espantoso e grotesco oferecido pela desorientação da equipe em correria desabalada atrás dos jogadores da Croácia, sugerindo estouro de boiada, com a manada totalmente perdida, trocando as pernas e batendo cabeça, a poucos minutos do encerramento, em contra-ataque que lhes propiciou o empate e os habilitou à vitória nos pênaltis. Correram atrás da derrota?

Erro de pontuação e acentuação gráfica, não escalou o Neymar para bater o primeiro pênalti na disputa final e estocar de morte uma Croácia motivada. Erro de sintaxe, decorrente do anterior, afetou todo o texto, enfim, como reza a sentença, escreveu, na prancheta, e não leu, pau comeu.

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Erro textual, crasso, equivocou-se na estratégia e nos recursos utilizados na batalha e, lembrando o acerto retumbante do escritor Ernest Hemingway no enredo de seu livro O velho e o mar, remou, remou e morreu numa praia artificial do Qatar.

Mas não é o fim, é o começo de outra campanha para conquistar o hexa tão sonhado. Talvez seja bom mesmo e importante perder com elegância, mas às vezes o exagero soa inconveniente, equivocado, de mau gosto, e aprender com os erros não deixa de ser algo amargo como a derrota numa hora dessas.

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