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Falhamos com as crianças e os adolescentes

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A reabertura das escolas é um tema que tem dominado o noticiário local e permanece rodeado de argumentos retóricos e muita desinformação. Na maioria dos países desenvolvidos, a retomada do ensino presencial foi prioritária, mas o Brasil despontou como um dos países que permaneceu mais tempo com as escolas fechadas.

A recomendação da Organização Mundial de Saúde é para que as escolas sejam as primeiras a reabrir e as últimas a fechar, devido aos severos danos emocionais, sociais e econômicos que o fechamento prolongado ocasiona. Em Juiz de Fora, no entanto, é permitida a realização de eventos com participação de até 192 pessoas, incluindo alimentação, brinquedoteca e recreação, enquanto as escolas estão fechadas.

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O município se destaca como a última cidade brasileira com mais de 500 mil habitantes que sequer estabeleceu um cronograma para o retorno híbrido e facultativo, enquanto outras cidades já operam com 100% dos alunos em salas de aula e estudam a obrigatoriedade do ensino presencial. Além disso, decidiu-se aguardar a vacinação completa de profissionais da educação como condição para o retorno, o que a ciência entende não ser necessário.

Mas por que chegamos a essa total inversão de prioridades? Por que falhamos no nosso dever de proteger as crianças e os adolescentes? Por que deixamos de lado a ciência?

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A partidarização da pandemia, a omissão das autoridades públicas e as chantagens das entidades sindicais fizeram com que a infância fosse deixada de lado. Não fomos capazes de formar uma grande frente em defesa da educação, cuja prioridade somente é lembrada à véspera dos pleitos eleitorais.

Falhamos enquanto sociedade, tornamos nossos jovens invisíveis e roubamos parte da vida deles. Precisamos nos redimir, e a reabertura urgente das escolas é o primeiro passo.

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