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O desafio dos homicídios em JF

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A crescente taxa de homicídios é o desafio para Juiz de Fora enfrentar em 2017. Entre 2006 e 2016, ocorreram 923 assassinatos, o que representou um aumento de 481% no número de homicídios. Apenas nos quatro primeiros meses de 2017, já aconteceram 55 assassinatos. Assim, de 1º de janeiro de 2006 até 30 de abril de 2017, Juiz de Fora teve a marca de 978 homicídios, sendo que a maioria vitimou jovens de até 29 anos.

Em 2016, a cidade contabilizou 154 assassinatos, um recorde histórico. Em 2015, ocorreram 131 homicídios. Tinham ocorrido 141 assassinatos em 2014, 139 assassinatos em 2013 e 99 homicídios em 2012.

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Os números da matança em Juiz de Fora desafiam os gestores públicos nas esferas federal, estadual e municipal e também a sociedade. Pouco foi feito de concreto pelo Estado de Minas Gerais para enfrentar essa triste realidade e se 2016 terminou com um índice de assassinatos ainda pior do que o ocorrido em todos os anos anteriores, o que equivaleria a um novo aumento na taxa de homicídios por 100 mil habitantes, passados quatro meses de 2017, os números já apontam o crescimento na taxa de assassinatos. Entre janeiro e abril de 2015, tinham ocorrido 47 assassinatos e, entre janeiro e abril de 2016, foram 50 homicídios. Portanto, agora, em 2017, os 55 homicídios acontecidos nesses quatro meses superaram os ocorridos nos últimos dois anos nos primeiros quatro meses do ano. Nos últimos anos, a Tribuna de Minas vem acompanhando diariamente e revelando os números dos homicídios na cidade e vem buscando contribuir no debate dessa questão tão relevante para a cidade enfrentar.

Em 26 anos, entre a década de 1990 e 2016, Juiz de Fora saiu de 4,4 homicídios por 100 mil habitantes para 28,4 homicídios por 100 mil habitantes, apresentando um aumento de 238%. Os altos índices de assassinatos registrados no início de 2017 e em 2016, 2015, 2014, 2013 e em 2012 assustam a cidade e mobilizam setores para conter a matança e refletir sobre o que está levando parte da juventude juiz-forana a ser exterminada, principalmente em três regiões: Zona Norte, Zona Leste e Zona Sudeste. Os primeiros números de 2017 já são um sinal claro de que algo concreto precisa ser feito com urgência para reduzir drasticamente o número de homicídios e para diminuir a violência na cidade. Em todo o ano de 2006, tinham acontecido na cidade 32 assassinatos e, em 2016, ocorreram 154 homicídios. A diferença é brutal e assustadora.

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De uma cidade pacífica e ordenada, Juiz de Fora viu explodir a taxa de homicídios nos últimos sete anos. Assim, deixou o grupo das cidades menos violentas do país e poderá em breve estar no noticiário nacional como mais um caso de fracasso na segurança pública. Apenas nos três primeiros meses de 2017, já tinham ocorrido mais crimes violentos do que em todo o ano de 2006. A cidade continuará refém desta triste realidade violenta e da matança sem fim?

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