No governo do presidente Michel Temer, até hoje, não houve um representante de Minas no primeiro escalão, como aconteceu em todos os outros governos brasileiros, inclusive de Lula e Dilma, que convocaram vários mineiros para os ministérios. Agora, com Temer, a classe política e as lideranças mineiras não entendem este estranho comportamento do presidente, que, sem uma razão aparente, se recusou, em mais de um ano de mandato, a convidar um ou mesmo vários para participar de sua equipe.
Se tivesse o aconselhamento de mineiros, certamente, a situação política do Governo seria outra. O político mineiro de maior prestígio com Temer é o vice-presidente da Câmara, Fabio Ramalho, no momento, com o relacionamento estremecido com o Governo. Fabinho teve a coragem de alertar ao presidente que, infelizmente, a reforma da Previdência não será aprovada, desagradando aos que fazem da bajulação a muleta para permanecer em cargos de assessoramento.
Na área empresarial, o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, é o mineiro de melhor trânsito com o presidente. Com a saída do ministro de Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o capixaba Marcos Pereira, surge um excelente nome de Minas para o cargo: o do presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Olavo Machado, que, além de uma forte liderança empresarial no país, tem prestígio com toda a bancada mineira e de outros estados na Câmara.
Através do ministro Moreira Franco, o presidente Temer já recebeu a indicação de Olavo, que poderá ser chamado para compor o ministério num momento em que Temer terá que fazer uma reforma na equipe, convocando quem não tem pretensões de disputar a eleição. Olavo Machado, mesmo tendo uma sólida formação e participação política, não tem compromissos com partidos nem pretende disputar as eleições. É um ótimo nome para Temer se redimir pelo fato de não ter tido até hoje um ministro mineiro.
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