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A vida apesar da pandemia

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Enquanto o Brasil segue como nau desgovernada em meio à tormenta da pandemia do novo coronavírus, contando os assustadores mais de um milhão de casos e as devastadoras mais de 60 mil mortes, os mais diversos setores da Igreja buscam, dentro das limitações atuais, atuar no sentido de conter os efeitos das crises que só se acentuam.

A começar pelo Santo Padre, que, no último domingo, tanto na oração do Angelus quanto pelo Twitter, apoiou a resolução do Conselho de Segurança da ONU que pede o fim dos conflitos armados para ajudar no combate à pandemia. “Espero que essa decisão seja implementada rapidamente e de forma efetiva, pelo bem de tantas pessoas que estão sofrendo”, disse o Papa, que desejou também que a resolução “constitua um corajoso primeiro passo rumo à paz futura”.

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Por aqui, a Verbo Filmes e a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) acabam de lançar uma nova série documental: “Querida Amazônia: Os sonhos do Papa Francisco para a Pan-Amazônia”. O primeiro capítulo apresenta o sonho social do Pontífice para a região e seus povos, segundo sua Exortação Apostólica Post-sinodal “Querida Amazônia”, e foi gravado por indígenas, campesinos, ribeirinhos, afrodescendentes e agentes de pastoral usando celulares para darem seus depoimentos e, assim, darem continuidade ao processo sinodal para região, agora ainda mais ameaçada com o avanço da Covid-19.

Já a coordenação nacional do Grito dos Excluídos, dando seguimento à proposta da criação de um Dia D do Grito, a ser realizado nos dias 7 de cada mês, antes e depois do 7 de Setembro, realizou as ações em todo o país também esta semana, como as campanhas de solidariedade com comunidades e populações que mais sofrem com o impacto da pandemia e suas consequências sociais. Outras ações estão sendo pensadas, como a produção de mídias e roteiro de celebração, spots para a divulgação do tema e lema do Grito: “Vida em Primeiro Lugar: Basta de Miséria, Preconceito e Repressão! Queremos TERRA, TRABALHO, TETO e PARTICIPAÇÃO!”.

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No mesmo caminho, deu-se início ao Curso de Formação para Lideranças em Doutrina Social da Igreja e Pastoral Social, promovido pela Comissão Pastoral para a Ação Sociotransformadora do Regional Sul 4 da CNBB através do YouTube. O seu segundo módulo também refletiu sobre os três “T” de Francisco, acrescentando a imagem do “corpo adoecido” do país, pois tem acometido de grave enfermidade a cabeça (soberania), submissa aos interesses dos EUA e das grandes corporações; o coração (economia), voltado para o mercado e não para os empobrecidos; e os braços (democracia), inclinados para o autoritarismo e para o fechamento dos espaços de diálogos. O “tratamento” será por um verdadeiro “mutirão pela Vida” do Povo, da Casa Comum e das Políticas Públicas! O quinto módulo do curso, essa semana, refletiu sobre a Doutrina Social da Igreja no pontificado do Papa Francisco!

Podemos perceber que, apesar das adversidades, há uma Igreja que segue em marcha e “em saída”, valendo-se dos novos recursos tecnológicos, para cumprir sua missão de dar seguimento ao trabalho de Cristo. “A fé nos faz percorrer com Jesus os caminhos tortuosos deste mundo, na certeza de que o poder do seu Espírito vencerá as forças do mal, submetendo-as ao poder do amor de Deus”, twittou Francisco na última segunda.

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