Apesar de ser uma das áreas prioritárias para qualidade de vida e desenvolvimento de uma nação, a saúde enfrenta um cenário de desigualdades no Brasil. A disparidade já aparece na disponibilidade do atendimento médico. O estudo Demografia Médica no Brasil aponta que temos 2,38 médicos por mil habitantes. Porém, enquanto nas capitais essa proporção passa para 5,65 profissionais, nas cidades do interior cai drasticamente, chegando a 1,49. Nesses casos, o uso da telemedicina pode ser um caminho importante. Por meio de tecnologia simples, é possível fazer o atendimento remoto de pacientes – inclusive daqueles fora dos grandes centros e que enfrentam mais dificuldade de acesso.
Já com o uso de ciência dos dados e inteligência artificial, é possível analisar inúmeras informações que já são coletadas dos pacientes – pressão arterial, nível de colesterol, entre tantos outros – e trabalhar com uma medicina preditiva. Isso significa usar essa massa de dados e transformar em valor, usar as informações para construir cenários, parâmetros e atuar de forma preventiva e com tratamentos precoces. A medida evita sobrecarregar os sistemas de saúde – tanto público como privado – com consultas de rotina ou exames desnecessários, além de reduzir custos. Soluções inovadoras e softwares de gestão também permitem agilizar e automatizar processos burocráticos, como autorizações, preenchimento de cadastros e de prontuários.
Todos esses aspectos evidenciam que a transformação digital e o uso de tecnologia na área da saúde são um caminho sem volta. As empresas desse ecossistema precisam se adaptar e avançar nesse sentido urgentemente. Para isso, é fundamental deixar de lado antigos processos e uma mentalidade retrógrada, além de inovar inclusive nos modelos de negócios. E, no final das contas, todos saem ganhando, com um acesso a um serviço de saúde mais disseminado, de mais qualidade, com menos custos e com o paciente como prioridade.