Filhos de fé, filhos do coração, filhos de criação, filhos por afinidade, filhos peludos. Na essência, ser mãe é ser amor, é saber amar. Assim, essa singularidade não acaba na relação com os filhos de sangue. Ela pode ser desenvolvida em relação a todas os seres com os quais assumimos o papel de cuidar, de expandir o amor.
Temos dúvidas nos dias de hoje, diante de tantos desafios, se somos ou seremos boas mães. A vida exige demais das pessoas que desempenham esse papel, seja no campo profissional, doméstico ou mesmo emocional.
O ato de engravidar e dar à luz uma criança não esgota nunca esse processo. É para a vida inteira, seja essa relação boa ou ruim, saudável ou não. De umbigo a umbigo, um elo sem fim.
A responsabilidade, a escolha consciente ou não de ter um filho e, óbvio, inseri-lo neste mundo, é nossa.
Daí estendo essa homenagem também aos filhos, porque de uma forma ou de outra, deram sentido à vida dessas mães e fizeram delas uma versão melhor de si mesmas.
O que virá deles em decorrência dessa circunstância, desse ato desmedido e gigante de entrega – porque é, seja de gratidão, de corresponder a esse amor, de cuidar dessa mãe – vai depender da natureza de cada um. O ideal é não esperar nada em troca.
Uma certeza eu tenho, quase que por unanimidade, de que ser mãe é um ato heroico e de uma doação infinita. Como se fossem raízes profundas em terras férteis, onde árvores frondosas de frutos e flores dão origem a uma floresta forte e exuberante.
Abrimos mão de nós mesmas por um ser que carregamos no ventre, ou nutrimos por aquele que adotamos ou resgatamos que nem conhecemos direito ainda, dando a nossa vida se preciso for.
Que sentimento tão forte é esse que só quem nutre entende e não existem palavras para explicar! Sim, este é o sentido verdadeiro da palavra MÃE.
Um forte abraço e minha homenagem a todas e todos que, de uma forma ou de outra, exercem esse abençoado, imenso, despojado e marcante papel.