O editorial da Tribuna de Minas publicado dia 26 de maio último deixou muito claro que a até hoje capital da Zona da Mata, como costumava ser denominada a cidade de Juiz de Fora, precisa de uma grande união política sem cores partidárias para se igualar a outros municípios como Uberlândia, Uberaba e Montes Claros. O divisionismo e o comportamento político individualista juiz-forano só vêm fazendo a ex-Manchester Mineira ficar para trás quando comparada a outros municípios do Triângulo Mineiro e a Montes Claros.
As idiossincrasias de suas lideranças políticas, cujas atitudes só atrasaram o desenvolvimento da região, colocaram o grande município da Zona da Mata para trás. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia, quando nos visitou pouco tampo atrás, indicou que o modelo daquela cidade e também de Uberaba e Montes Claros explica por que aqueles municípios progrediram e avançaram mais do que os da Zona da Mata como um todo.
A cidade já esteve fora de diversos empreendimentos por exclusiva culpa de suas lideranças políticas. Anos passados, quando Alberto Bejani foi nosso prefeito, declarou que não prestigiaria o novo aeroporto de Goianá porque ele ficava fora de Juiz de Fora. Foi um grande erro dele.
O Aeroporto Regional da Zona da Mata (IZA) vem se desenvolvendo lentamente porque as lideranças da Zona da Mata não deram a ele a atenção devida. Deveriam não só dar atenção devida para o Aeroporto Itamar Franco como lutar pela construção de um grande distrito industrial entre as cidades de Coronel Pacheco e Goianá.
A Zona da Mata inteira iria se beneficiar, porque o desenvolvimento industrial ali iria se espalhar tanto por Goianá como também por Juiz de Fora e outros municípios. Uma prova disso é que a empresa LATAM já deve ter inaugurado o voo IZA/Guarulhos em São Paulo com uma aeronave Air Bus A-320 para 170 passageiros. Como isso já deve ter sido notícia, só nos resta torcer para que a nova ligação com São Paulo seja sempre sucesso. Vamos aguardar que a Infraero apresente daqui a 150 dias seu projeto de melhoria no Aeroporto da Serrinha. Se os investimentos forem grandes, mas realizados aos poucos, vai ser também importante para Juiz de Fora e região. É claro que as empresas Azul, Gol e LATAM é que decidirão se irão operar ali com aeronaves menores para 70 passageiros.
O editorial da Tribuna do dia 26 de maio deixou claro como é importante agir em conjunto quando se trata de interesse coletivo. Cores partidárias não devem existir quando um projeto interessa a toda a coletividade regional. No período de campanha política, existem diferenças quando se trata de embates programáticos. Mas deve ficar só ali. Faz parte da democracia. Juiz de Fora também tem vocação de pioneirismo, mas deve usar isso em benefício coletivo. A cidade e a região possuem demandas importantes que só irão adiante e vão acontecer quando os políticos agirem coletivamente. O exemplo é o de Montes Claros, que hoje possui um aeroporto que é o sexto do Brasil em número de passageiros. Isso explica muita coisa.