Nas leis de Deus não existe nada, absolutamente nada, que seja em vão ou fruto de qualquer casualidade. Tudo exatamente que é de relevância ao nosso progresso é regido pelas leis universais ou leis divinas. Por isso, Allan Kardec ensina que “o acaso não existe”, indicando a necessidade em compreender que toda ação gera uma reação, como a própria Terceira Lei de Newton explica: para toda força de ação existe uma força de reação que possui o mesmo módulo e direção, porém em sentido contrário. A diferença é que Allan Kardec expande o raciocínio combinado com as leis da reencarnação, assim sendo, o nosso presente resulta de nossas atitudes nas vidas passadas, ou seja, a atualidade vivida é a reação do ontem.
E, se esse momento ou vida presente não estiver a contento, significa que algo deve ser feito para torná-lo mais agradável. O movimento de correção para ter início e final definidos só pode ocorrer a partir de nós mesmos e em nós mesmos.
Em primeira vista, parece infantilidade pensar que sozinhos podemos mudar o mundo, claro que não. Como também não estamos sozinhos, pois ninguém vive só, porque temos em nosso redor centenas de semelhantes e em nosso íntimo milhares de pensamentos e expressões que ouvimos, aprendemos e assimilamos de outros, que contribuíram para moldar nossa personalidade para o bem ou não. Da mesma forma, nossas palavras direcionam os pensamentos dos que nos ouvem, e, se formos sinceros, há grande chance de nosso interlocutor reagir com igual sinceridade. Nossos modos e costumes geram modos e costumes da mesma natureza, em torno de nossos passos. Não estamos mudando o mundo, mas influenciamos o ambiente onde vivemos, que enfim é o nosso mundo.
Paulo, o Apóstolo, escrevendo aos Coríntios, disse: “Não sabeis que um pouco de fermento leveda toda a massa?”. Nosso espírito ou mente é o fermento, o primeiro campo de ação, em acordo com os hábitos cultivados, o governo de ações e palavras, por meio das quais esse fermento leveda toda a massa social.
Então, o único vetor para correção edificante é aceitar as sugestões do bem e praticá-las intensivamente, redirecionando nossos modos, por intermédio de nossas ações, acatando as leis divinas ensinadas por Jesus e codificadas nos Evangelhos e nas Cartas de Paulo, o Apóstolo.
Agora, cônscios das espécies de forças que projetamos em nossos próximos, cuidaremos dos nossos gestos e das nossas palavras, cientes de que todos são significativos, pois geram reflexos a distância.
Guardaremos mais cuidados com nossas atitudes, pois essas indicam caminhos a serem seguidos. Assim procedendo, vamos especificando, claramente, a nossa opção pelo bem e, já que não possuímos recursos para analisar previamente a extensão de nossa atitude e sua influência, podemos ao menos examinar a qualidade essencial dos gestos realizados. E veremos que levedamos a massa com amor, perdão e caridade, fazendo, dentro de nossas possibilidades e esforço, prevalecer o equilíbrio, a paz e a boa vontade, segundo ensina o nosso Mestre de Nazaré.
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